‘Vi fumaça da última bomba que foi jogada e matou muita gente’, diz brasileira que deixou Líbano
Advogada que mora em Brasília estava a passeio no país no momento em que Israel começou bombardeios
Internacional|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
Os ataques a bomba de Israel no Líbano fizeram o governo federal montar um plano para resgatar os brasileiros em território libanês, mas alguns deles decidiram deixar o local por conta própria para fugir do conflito enquanto a operação de repatriação não começa. Foi o caso da advogada Cláudia Chater, moradora de Brasília, que estava a passeio no Líbano quando os bombardeios tiveram início. Ao R7, ela disse que “a situação no Líbano está desesperadora e preocupante”.
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Ela disse que ficaria no Líbano por 15 dias, mas antecipou a saída por medo da ação de Israel. Cláudia deixou o país nessa quarta-feira (2) ao conseguir um voo comercial para a Jordânia. O retorno da advogada ao Brasil deve ser nesta sexta-feira (4), também em um voo comercial.
“A gente viu fumaça da última bomba que foi jogada e que matou muita gente. No aeroporto, na hora do check-in, tava tumultuado, tinha muita gente, e a gente vê as pessoas tensas. A situação no Líbano está desesperadora e preocupante”, disse Cláudia.
São cerca de 20 mil pessoas com nacionalidade brasileira vivendo no Líbano, representando a maior comunidade do Brasil no Oriente Médio. A Força Aérea Brasileira vai coordenar a operação de repatriação montada pelo governo federal, usando um avião do modelo KC-30 para resgatar os brasileiros.
Esse modelo de avião tem 59 metros de comprimento e é a maior aeronave operada pela Força Aérea Brasileira, com capacidade para transportar até 238 passageiros e 45 toneladas de carga, além de um alcance de 14,5 mil quilômetros.
O avião já deixou o país para fazer o primeiro voo da operação. Na quarta-feira, o KC-30 pousou em Lisboa, capital de Portugal, para fazer uma escala. O destino final será Beirute, capital do Líbano. O governo espera trazer nesta viagem ao menos 220 pessoas.
Segundo o Itamaraty, cerca de 3 mil pessoas querem voltar ao Brasil, mas a quantidade de viagens será definida conforme a demanda. O governo federal afirmou que planeja resgatar todas as pessoas que demonstrarem interesse em retornar. A Embaixada do Brasil em Beirute reúne informações por meio de formulários online de quem deseja voltar.