Vice-secretário de Justiça dos EUA terá reunião decisiva com Trump
Rod Rosenstein terá encontro com o presidente nesta quinta; resultado da conversa pode ser decisivo para investigações contra Trump
Internacional|Fábio Fleury, do R7
O presidente dos EUA, Donald Trump, vai se reunir na próxima quinta-feira (27) com o vice-secretário de Justiça do país, Rod Rosenstein. O encontro pode selar a saída de Rosenstein, que supervisiona a investigação que é uma das maiores pedras no sapato de Trump.
Rosenstein é o superior do procurador especial Robert Mueller, responsável pelos inquéritos que apuram uma possível interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016. Um eventual sucessor do vice-secretário teria poder para demitir Mueller e interromper o processo.
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Segundo a imprensa norte-americana, Rosenstein teria passado o último fim de semana considerando renunciar ao cargo. Na última sexta-feira, o jornal The New York Times publicou uma matéria afirmando que ele teria sugerido grampear Trump secretamente, em 2017.
Agenda lotada
O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (24) pela equipe de comunicação do governo, depois que Rosenstein teve uma reunião com o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly.
Durante o encontro, ele conversou por telefone com Trump, que está em Nova York para discursar na Assembleia Geral da ONU. A agenda do presidente impediu que eles tivessem uma reunião pessoal nesta segunda.
Problemas na hierarquia
Rosenstein vem sendo criticado duramente por Trump nas últimas semanas. O presidente ainda não anunciou se prestará um depoimento para a investigação de Mueller e quer ver a questão encerrada antes da eleição parlamentar de novembro.
Os próximos movimentos do vice-secretário serão decisivos. Se ele renunciar ao cargo, Trump teria mais liberdade de ação para colocar alguém de confiança que pudesse antecipar o fim das investigações.
Caso o presidente precise demiti-lo, as consequências políticas às vésperas da eleição podem ser mais graves. Ele também vem criticando o superior de Rosenstein, o secretário de Justiça Jeff Sessions, que se declarou impedido de supervisionar a investigação no ano passado.
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