Guerra Israel x Hamas

Internacional Vídeo mostra rede de túneis dos terroristas do Hamas, considerada 'teia de aranha' por Israel

Vídeo mostra rede de túneis dos terroristas do Hamas, considerada 'teia de aranha' por Israel

As passagens constituem uma das poucas formas de o grupo extremista trazer armas, equipamento e pessoas para Gaza

O que aguarda as tropas terrestres israelitas em Gaza, dizem fontes de segurança, é uma rede de túneis do Hamas com centenas de quilômetros de comprimento e até 80 metros de profundidade, descrita por um refém libertado como “uma teia de aranha”.

Segundo a agência Reuters, o grupo terrorista tem diversos tipos de túneis sob a faixa costeira arenosa de 360 km² e suas fronteiras — que servem para contrabando, armazenamento e  trocas operacionais, disseram fontes do Ocidente e do Oriente Médio familiarizadas com o assunto.

A estimativa de uma "teia de aranha" com centenas de quilômetros é amplamente aceita pelos analistas de segurança, embora a faixa costeira bloqueada tenha apenas 40 km de comprimento.

Com Israel controlando totalmente o acesso aéreo e marítimo de Gaza e 59 km dos seus 72 km de fronteiras terrestres — com o Egito 13 km ao sul —, os túneis constituem uma das poucas formas de o Hamas trazer armas, equipamento e pessoas para o território.

Embora ele e outros grupos terroristas mantenham segredo sobre suas redes, o refém israelense recentemente libertado Yocheved Lifshitz, de 85 anos, disse: “Parecia uma teia de aranha. Muitos, muitos túneis”. E acrescentou: "Caminhamos quilômetros abaixo do solo".

Fontes de segurança israelenses dizem que os pesados bombardeios aéreos de Israel causaram poucos danos à infraestrutura do túnel, e comandos navais do Hamas foram capazes de lançar um ataque marítimo a comunidades costeiras perto de Gaza nesta semana.

“Eles cavaram uma cidade inteira sob Gaza, ligada a túneis com dezenas de quilômetros de comprimento. Esses túneis têm tudo, sedes enormes, armazenamento, conexão para lançamento de foguetes”, disse Amir Avivi, ex-general de uma brigada cujos altos cargos nas Forças Armadas israelenses incluíam o vice-comandante da divisão de Gaza, encarregado de lidar com os túneis.

Um pequeno número de túneis de contrabando, mais estreitos e profundos, ainda funcionava até recentemente entre o Egito e Gaza, de acordo com duas fontes de segurança e um comerciante na cidade egípcia de El-Arish. Mas seu uso tinha diminuído, até quase parar, desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. 

As autoridades egípcias não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

O professor Joel Roskin, geomorfólogo e geólogo da Universidade Bar-Ilan, de Israel, disse que, apesar dos avanços tecnológicos, a geologia real do túnel torna as múltiplas camadas difíceis de penetrar e os túneis, complicados de localizar.

Fontes israelenses disseram que o que os espera é de uma engenharia formidável e que eles enfrentam um inimigo que se reagrupou e aprendeu com as operações israelenses anteriores, em 2014 e 2021.

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