Violência na África do Sul foi 'planejada', diz presidente
Polícia investiga 12 suspeitos de estarem por trás dos distúrbios; pelo menos 121 pessoas morreram desde o começo dos conflitos
Internacional|Do R7
Os distúrbios e saques na África do Sul foram provocados e planejados - afirmou o presidente Cyril Ramaphosa nesta sexta-feira (16), em Durban, porto da região de Kwazulu-Natal (leste), tomada por uma onda de violência há uma semana.
"Foram provocados, há pessoas que planejaram e coordenaram isso. Vamos processar essas pessoas. Identificamos um bom número delas. Não permitiremos a anarquia e o caos" no país, acrescentou Ramaphosa.
A polícia sul-africana investiga 12 suspeitos de estarem por trás da explosão de violência dos últimos dias.
Na quinta-feira (15), o governo anunciou que "uma dessas pessoas já foi detida, e a vigilância das outras 11 foi reforçada".
A ministro da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, denunciou "uma sabotagem econômica".
Os primeiros incidentes explodiram na semana passada, um dia depois da prisão do ex-presidente Jacob Zuma. Ele foi condenado a passar 15 meses atrás das grades por desacato à Justiça.
Os incidentes se espalharam para a região metropolitana de Johanesburgo, em meio ao desemprego galopante e às novas restrições para combater a pandemia da covid-19 no país.
Nesta primeira visita ao local dos incidentes desde o início da crise, uma das mais graves desde o fim do Apartheid, o presidente garantiu que está em contato permanente com as autoridades da província e policiais.
Ramaphosa disse estar "extremamente preocupado com o que aconteceu". Segundo ele, a violência na província de Zulu deixou 95 mortos.
O balanço total da onda de violência é de pelo menos 121 mortes em todo país.