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Vitória pró-Europa na Moldávia traz ‘potencial área de hostilidade’ para a Rússia

Professor analisa como o resultado das eleições legislativas impacta interesses de Moscou

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O partido pró-União Europeia venceu as eleições legislativas na Moldávia.
  • 50,16% da população votou no partido "ação e solidariedade", enquanto 24,19% apoiou o bloco patriótico pró-Rússia.
  • Especialistas comentaram que a situação é típica em países do leste europeu relacionados à Rússia.
  • Líderes europeus celebraram a vitória, enquanto Moscou negou envolvimento e alegou questões com o voto de moldavos na Rússia.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Partido Ação e Solidariedade, de orientação pró-Europa, vence as eleições na Moldávia Reprodução/RECORD NEWS

O partido pró-União Europeia venceu as eleições legislativas na Moldávia, nação que há anos se divide entre estabelecer relações com a Europa ou com a Rússia.

Considerada como crucial, a votação deste final de semana contou com 50,16% da população elegendo os candidatos do partido Ação e Solidariedade, considerado pró-Europa, enquanto 24,19% dos eleitores optaram por ficar ao lado do Bloco Patriótico, conhecido por ser próximo dos interesses de Moscou.


Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda (29), o professor de política internacional Paulo Velasco pontuou que o impasse é típico das eleições em países do Leste Europeu.

“Se a gente olhar para as últimas duas, três décadas, temos visto sempre esse tipo de situação em países do Leste Europeu, do entorno geográfico regional da Rússia. Há sempre muita expectativa sobre o governo que vai conseguir maioria, se vai ser um governo pró-Rússia, pró-Moscou ou um governo pró-Europa. Vimos essa situação acontecer na Geórgia, na Ucrânia em 2014; porque a Rússia quer, naturalmente, que esses Estados em seu entorno mantenham posições aliadas aos seus interesses estratégicos, militares e geopolíticos”, ressalta o especialista.


Para ele, os resultados da Moldávia no fim de semana trazem novos desafios ao presidente russo. “O que o Putin prefere sempre são governos como o do Lukashenko, na Bielorrússia, que é um governo títere, um governo marionete, completamente inclinado aos interesses estratégicos de Moscou.E pelo lado contrário, quando surge um governo de orientação para a Europa, isso é interpretado pela Rússia como um cenário desafiador, como um problema, como uma potencial área de hostilidade aos seus interesses”, afirma.

Apesar de diversos receios quanto à possibilidade de compra dos votos e distúrbios — onda de desinformação no país, gerada pela Rússia — os líderes europeus, como o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, celebraram o resultado e consideraram como uma vitória para o continente; em contrapartida, as autoridades de Moscou negaram qualquer envolvimento e as acusações, alegando que a Moldávia impediu diversos moldavos que vivem em território russo de votar.

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