Voluntários cozinham alimentos para militares da Ucrânia em Lviv
Iniciativa funciona quase exclusivamente à base de doações financeiras; soldados no front recebem de sopa a frutas secas
Internacional|Do R7
Cidadãos de Lviv e deslocados internos preparam, em uma cozinha de voluntários, alimentos caseiros e ricos em nutrientes para enviar ao front de batalha, enquanto aumenta a tensão pela tentativa da Rússia de "congelar" a Ucrânia ao destruir a infraestrutura local.
Carros chegam e partem direto para um pátio localizado a poucos minutos da instalação, trazendo grandes caixas com batatas, maçãs e verduras. Um outro veículo transporta um carregamento de empanadas doces, além de farinha e açúcar.
"São feitas com uma receita especial nossa, para que possam ficar frescas pelo maior tempo possível", explicou uma das voluntárias.
Os produtos serão levados do local de preparação para o front, onde os combates não cessam e os militares mal têm condições para cozinhar para eles próprios.
Lyuda, uma das organizadoras da cozinha, mostrou para a equipe da Agência EFE uma parte do que está pronto para envio e como tudo é feito para que o consumo seja o mais simples.
"Aqui está o borscht (uma espécie de sopa de beterraba), para 20 soldados. A única coisa que eles precisam fazer é colocar dez litros de água", explica a voluntária.
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Além disso, estão sendo produzidas barras com alto conteúdo calórico que contêm frutas secas.
"São muito importantes para quem está na linha de frente e sob o fogo incessante", garante Lyuda.
A voluntária explicou que, embora não sempre, o fornecimento de alimentos melhorou no Exército, assim como aumentou em tamanho desde o início da invasão russa.
"Os soldados precisam se alimentar bem para fazer seu trabalho. Tente comer massas instantâneas ou carne enlatada por um dia e você não vai se sentir bem, porque os rapazes têm que comer esse tipo de comida por semanas", explica Lyuda.
A cozinha funciona quase exclusivamente à base de doações, em dinheiro ou em ingredientes, enquanto outros eventos de caridade ocorrem aos domingos.
Lyuda explicou ainda que chega ajuda da Letônia e outros voluntários de outros países, como o Reino Unido e os Estados Unidos.
"Não estamos aqui apenas pelas nossas raízes ucranianas. O mundo inteiro deveria estar ajudando a Ucrânia agora mesmo", disse Yarema, que chegou à Lviv vindo da Austrália, junto com a mãe.
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