Zelenski ao Parlamento da França: 'Vocês sabem o que significa liberdade, igualdade e fraternidade'
Presidente ucraniano citou os ideais da Revolução Francesa e fez apelo por ajuda militar e por mais sanções contra a Rússia
Internacional|Letícia Sepúlveda, do R7
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, voltou a pedir ajuda militar e novas sanções contra a Rússia, em discurso na Assembleia Nacional da França, nesta quarta-feira (23). Ele ainda citou ideais da Revolução Francesa durante o apelo: "Vocês sabem o que significa liberdade, igualdade e fraternidade".
"Desde que as tropas chegaram, fizeram ataques brutais, lançaram bomba em uma maternidade, enquanto mulheres se preparavam para dar à luz seus filhos. Uma delas perdeu a vida e seu bebê, ela pediu ao médico que a deixasse morrer, não via razão para viver", contou.
O presidente denunciou o assassinato de refugiados e jornalistas e ainda pediu um minuto de silêncio em honra aos milhares de ucranianos mortos após a invasão russa.
Segundo ele, houve negociações com a Rússia em 2019, mas em 24 de fevereiro (dia da invasão), o diálogo foi suspenso. "Buscamos a verdade em campos de batalha, já que as negociações falharam."
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"Precisamos pressionar juntos para que a Rússia busque a paz. Nós reconhecemos os esforços do presidente Macron que sempre tentou estabelecer um diálogo com os russos. Nós contamos com a liderança da França para restaurar o território ucraniano", completou.
"As empresas francesas não podem continuar financiando a máquina russa. (...) Amanhã faz um mês que os ucranianos lutam pela liberdade e lutamos de forma heroica contra as forças invasoras."
Veja o antes e o depois de lugares bombardeados na Ucrânia
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Uma das principais denúncias do Ocidente é o ataque russo a alvos civis. Em Mariupol, cidade portuária no sudeste do país, uma maternidade e hospital infantil foi bombardeada e deixou três mortos e 17 feridos. Cerca de duas semanas depois, mísseis foram lançados contra um shopping em Kiev, que causaram oito mortes. No ataque ao hospital, a Rússia alegou que foi uma ação de milícias ucranianas, enquanto em Kiev o centro comercial funcionaria como instalação militar