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Zelenski condiciona neutralidade da Ucrânia à libertação de todo o território

Presidente ucraniano deseja reintegração da Crimeia e área completa das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk

Internacional|Do R7

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante entrevista coletiva
Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante entrevista coletiva

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, condicionou a neutralidade que a Rússia exige de seu país à libertação de todo o seu território, incluindo a região do Donbass e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Em entrevista transmitida nesta segunda-feira (2) pela emissora de televisão saudita Al Arabiya, Zelenski afirmou que "os russos insistem na neutralidade, e para nós o mais importante é a libertação do Donbass e de todos os territórios temporariamente ocupados, bem como da península da Crimeia".

Zelenski acusou novamente a Rússia, que exige que a Ucrânia se comprometa a não aderir à Otan (Organização do Tratado do Altântico Norte) e permanecer neutra, de tentar dividir seu país por meio de um referendo nos territórios ocupados sobre sua independência como o realizado na Crimeia, em 2014, quando esse território foi anexado.

Além da libertação de toda a Ucrânia, o presidente ressaltou que, para aceitar a neutralidade solicitada por Moscou, exige "garantias de segurança para não serem alvo de ataques semelhantes no futuro e de armamentos no caso de enfrentarem uma guerra como a atual".


Em todo caso, reiterou que qualquer decisão a esse respeito será submetida a "um referendo no qual participarão todas as pessoas".

Sobre o andamento das negociações, Zelenski queixou-se de que "os negociadores russos não têm capacidade de tomar decisões, e a última palavra será sempre do [presidente da Rússia, Vladimir] Putin", razão pela qual voltou a pedir um diálogo direto entre os dois presidentes.

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