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Câncer de colo de útero pode começar de forma silenciosa; saiba como evitar

Doença está entre as principais causas de morte por tumor entre mulheres no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer)

JR 24H|R7

Infecção por HPV pode ser identificada antes de causar o câncer de colo de útero
Infecção por HPV pode ser identificada antes de causar o câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero pode ser uma doença silenciosa no início, mas ocupa a quarta posição no ranking de tumores que mais matam mulheres no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Além disso, com exceção do câncer de pele, é o terceiro mais comum entre as mulheres.

A alta incidência está associada ao HPV, vírus sexualmente transmissível responsável pela infecção que causa o câncer na região e que infecta pelo menos 80% das mulheres com vida sexual ativa, de acordo com o Inca.

Apesar de serem os principais responsáveis pela doença, nem todos os tipos de HPV são considerados oncogênicos, isto é, com potencial para causar o câncer. O simples fato de ter o vírus no corpo não quer dizer que a mulher vai desenvolver o câncer. Para isso, é necessário que esse HPV seja do tipo oncogênico e que a infecção seja recorrente e persista ao longo de anos.

Além disso, se identificada em estágio inicial por meio de exames preventivos como o Papanicolau, a infecção pode ser tratada antes que se transforme em um tumor.


No entanto, se nada for feito para tratar essa lesão ou mesmo se ela passar despercebida nos exames preventivos, ela pode evoluir ainda para dois estágios antes de se transformar em um tumor maligno com potencial para invadir outras células.

Sintomas e tratamento

Os principais sintomas do câncer de colo de útero são sangramento durante e após a relação sexual, e corrimento com odor fétido e de aspecto sanguinolento. No entanto, antes dessas manifestações, é possível identificar as pequenas lesões causadas pelo HPV por meio do exame de Papanicolau.


Caso o diagnóstico seja feito de forma tardia e a lesão já tenha se transformado em um câncer, o tratamento vai depender da evolução do tumor e do tamanho em que ele se encontra. Além da remoção da parte adoecida do colo – ou mesmo de todo o útero – por meio da cirurgia, pode ser necessário que a paciente passe por tratamentos quimioterápicos.

Prevenção

A principal forma de prevenir esse tipo de câncer é a vacina contra o HPV, disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas de 9 a 14 anos e meninos na faixa etária entre 11 e 14 anos. O imunizante protege contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, segundo o Inca.


O Inca destaca que o tabagismo e o uso prolongado de pílula anticoncepcional também podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer. Além disso, o uso de preservativo durante as relações sexuais é importante para frear a circulação e a contaminação pelo HPV.

Somada a essas medidas, o Ministério da Saúde recomenda a realização dos exames ginecológicos preventivos, como o Papanicolau, para mulheres a partir dos 25 anos de idade.


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