JR ENTREVISTA: 'Tem que ter consciência na Black Friday’, diz secretário nacional do Consumidor
Wadih Damous orientou os consumidores a ficarem atentos para não caírem em golpes no período
JR Entrevista|Do R7
O convidado do JR Entrevista desta quarta-feira (20) é o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous. Ao jornalista Yuri Achcar, Damous falou sobre o trabalho da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) durante a Black Friday, a suspensão da publicidade de Bets para crianças e a manutenção da multa de R$ 13 milhões à Enel pelo apagão em São Paulo.
Sobre o risco das pessoas caírem em golpes e propagandas enganosas durante as promoções de Black Friday, Damous afirma que a Senacon não tem como fazer toda a fiscalização, por isso, é necessário que os consumidores fiquem atentos. “É muito importante que o consumidor tenha consciência daquilo que ele vai consumir”, aconselha. A Black Friday este ano será em 29 de novembro.
Caso o consumidor perceba uma fraude, ele orienta e denunciar. “Primeiramente não comprar, óbvio, e dois comunicar o Procon no seu estado, e também, aí a questão de consciência para o consumo, é comprar o que de fato for necessário”, destaca.
Damous também comentou a decisão da Senacon de proibir a bonificação nas Bets. Segundo ele, esse tipo de ferramenta aumenta o risco das pessoas se viciarem em jogos online. “Se viciar, esse apostador vai se endividar, ele vai ter problemas familiares, tudo aquilo que acontece com viciado em drogas, com viciado em álcool, vai acontecer com esse apostador, com esse consumidor”, enfatiza.
Por isso, todas as empresas foram notificadas. "Nós notificamos todas as que têm autorização para operar aqui no Brasil. São cento e tantas empresas... Todas foram notificadas... Nós emitimos uma medida cautelar. Ou seja: 'retire imediatamente de circulação publicidade que ofereça bonificação”, destaca.
A Senacon também suspendeu, na terça-feira (19), a publicidade de jogos de apostas online destinada a crianças e adolescentes. Caso a medida seja descumprida a multa diária será de R$ 50 mil às empresas responsáveis."São os mais vulneráveis. Crianças, adolescentes. Hoje qual é a criança que não tem celular? E recebe no seu celular, nos seus aplicativos, mensagens publicitárias informando, incitando. Não pode. A lei também proíbe”, destacou Damous.
Já sobre a multa de R$ 13 milhões aplicada à Enel, concessionária de energia em São Paulo, Damous ressaltou que a falta de energia como a sofrida pelos paulistanos em outubro não pode ocorrer. "A privatização de determinados serviços como água e energia é algo correto? É algo aceitável? Eu vou logo responder a você: Não. Ninguém pode viver sem beber água", afirmou. "O fator lucro não pode presidir a comercialização de água e a comercialização de energia”, completou.
O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.
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