COP30: pressão social sobre delegações aumenta e exige mais do esquema de segurança

Com o passar dos dias em Belém, a pressão social sobre as delegações da COP30 vem aumentando e tem exigido mais do esquema de segurança. Grupos indígenas lideraram o segundo grande protesto em Belém e o sábado (15) pode ser o Dia D, quando várias ONGS vão se reunir em uma mesma marcha.  

Equipes das Forças Armadas reforçaram a segurança durante o protesto de indígenas. Os manifestantes bloquearam a entrada da "Blue Zone", onde acontecem as principais reuniões da conferência do clima. Muitas pessoas precisaram esperar na rua até a entrada ser liberada pelo portão lateral. Indígenas da etnia Munduruku protestaram contra o plano de hidrovias em rios amazônicos e a construção da Ferrogrão, uma ferrovia que vai ligar mato grosso até o Pará.  

O grupo pediu uma reunião com o presidente Lula. O presidente da COP30 e as ministras dos Povos Indígenas, Sonia Guajajra, e do Meio Ambiente, Marina Silva, fizeram uma reunião com os manifestantes. Os organizadores da COP afirmaram que o protesto não atrapalhou as negociações no quinto dia da conferência. A diretora-executiva do evento disse que todos os protocolos determinados pela ONU estão sendo seguidos e que a manifestação desta sexta-feira (14) foi pacífica.  

Este foi o segundo protesto na COP, esta semana. Na terça-feira (11), indígenas e integrantes de movimentos populares e do PSol tentaram invadir a blue zone e foram retirados pelos seguranças à força. O secretário executivo da ONU enviou uma carta ao governo brasileiro exigindo mais segurança no evento e a resolução de problemas de infraestrutura, como o calor excessivo nos pavilhões e os alagamentos.  

Em nota, a Casa Civil da Presidência da República disse que "a segurança interna da blue zone está a cargo do departamento das Nações Unidas para segurança". A casa civil também afirmou que fez "a reavaliação dos meios e quantitativos policiais para preservação dos perímetros de segurança" e destacou que "todas as solicitações da ONU têm sido atendidas".