Ministério da Saúde divulga novas orientações para tratamento de intoxicação por metanol

Já são 29 casos de intoxicação por metanol confirmados, com 5 mortes, e outros 217 em investigação. O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (10) novas orientações aos estados e municípios.  

Agora, as pessoas suspeitas de intoxicação por metanol devem receber tratamento entre seis e 12 horas depois da ingestão de bebida alcoólica, mas desde que haja persistência ou piora dos sintomas, que vão de tontura, dor abdominal, vômitos, confusão mental e visão turva, até evoluir para cegueira, coma e falência múltipla dos órgãos.  

Antes o tratamento só era indicado depois de 12 horas de ingestão da bebida suspeita. A definição dos casos a serem tratados deverá se basear no quadro clínico do paciente, além do histórico da bebida ingerida e em exames laboratoriais que indiquem a intoxicação.  

O Ministério da Saúde já enviou aos estados e ao Distrito Federal mais de 1.200 doses de fomepizol. O antídoto foi importado do Japão e dos Estados Unidos. São Paulo concentra o maior número de intoxicações por metanol e recebeu quase 300 unidades do medicamento. Um novo protocolo foi apresentado pelo governo paulista. Mesmo sem laudo, os peritos podem identificar a porcentagem de metanol que é tóxica para as pessoas.  

A análise passa por quatro etapas que incluem uma triagem das bebidas lacradas e a identificação dos elementos químicos. A iniciativa permite obter resultados mais rápidos. Uma pesquisa feita com 2.004 pessoas divulgada nesta sexta-feira (10) revelou 25% dos entrevistados ficaram com medo de consumir qualquer tipo de bebida alcóolica após os casos de intoxicação.  

14% disseram temer apenas bebidas destiladas. 11% responderam que não estão com medo. Já metade dos entrevistados disse que não toma bebida alcóolica.