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Pesquisa aponta que pistolas, fuzis e metralhadoras são encontradas com frequência em apreensões

A pesquisa do Instituto Sou da Paz mostra que, antes, revólveres calibre 38 e espingardas eram as armas mais apreendidas em assaltos

JR na TV|Do R7

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O perfil do armamento usado por criminosos na região Sudeste mudou nos últimos anos. A pesquisa do Instituto Sou da Paz mostra que, antes, revólveres calibre 38 e espingardas eram as armas mais apreendidas em assaltos. Agora, pistolas semiautomáticas, fuzis e até metralhadoras aparecem com muito mais frequência nas mãos de criminosos. Isto é um reflexo direto das mudanças nas regras federais que facilitaram o acesso a armas de diversos calibres. 

Neste domingo (7), três homens encapuzados invadiram a sede de uma empresa de segurança no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, e levaram 35 armas e mais de 400 munições em poucos minutos. Segundo a pesquisa, a flexibilização das normas em 2019 contribuiu para a chegada de armamentos mais potentes ao crime. 

Os revólveres antigos deram lugar às pistolas, especialmente as de calibre 9 milímetros, que se tornaram as mais apreendidas na região. Armas de guerra, como fuzis e metralhadoras, também registraram quase 56% no período analisado. Outro dado preocupante é que armamentos novos têm chegado mais rápido ao crime. Em Minas Gerais, por exemplo, a apreensão de armas com até dois anos de fabricação cresceu dez vezes. 

As armas apreendidas são destruídas pelo Exército, mas, até que haja autorização judicial, permanecem guardadas em depósitos que sofrem com acúmulo, pouco espaço e risco de desvios. Um exemplo recente é a arma que matou um ciclista no Parque do Povo, em São Paulo, em fevereiro deste ano: registrada em 1995, ela havia sido desviada de uma empresa de segurança antes de parar nas mãos do atirador. 


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