Pessoa que empresta conta bancária para receber dinheiro de crime pode ser considerado cúmplice

Emprestar a conta bancária para receber dinheiro destinado a outra pessoa pode se transformar em um problema sério para o correntista. Se o valor for resultado de crime, quem emprestou a conta pode ser considerado cúmplice. Ana Júlia foi condenada a 12 anos de prisão, depois que o ex-namorado usou a conta dela para receber por Pix o dinheiro de um roubo.  

A jovem, de 23 anos, que tem uma pequena lanchonete, só conseguiu provar a inocência dois anos depois. Emprestar ou ceder dados bancários sem saber a origem do dinheiro pode ter consequências graves. Além de responder criminalmente, a pessoa pode ter a conta bloqueada, os bens apreendidos e o nome envolvido em processos judiciais.  

Especialistas em direito penal alertam que receptação, lavagem de dinheiro e estelionato são alguns dos crimes que podem ser atribuídos a quem empresta a conta para receber valores ilícitos.  A Febraban afirma que as chaves Pix são seguras e se o cliente receber algum valor indevido deve procurar o banco para fazer a devolução.