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Polícia Federal investiga governos que aplicaram fundos no Banco Master

Estados e municípios aplicaram em letras financeiras; BRB também é investigado

JR na TV|Do R7

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A Polícia Federal estuda abrir um novo inquérito sobre a conduta de governadores e prefeitos que colocaram recursos dos fundos de previdência social em investimentos no banco. Três estados e 15 municípios fizeram aplicações em letras financeiras do Master, totalizando R$ 1,8 bilhão: o Amapá aplicou R$ 400 milhões; o Amazonas, R$ 50 milhões; e o Rio de Janeiro, R$ 970 milhões. Esses valores são do regime próprio de Previdência Social, sistema de aposentadoria e pensão exclusivo para servidores públicos da União, estados e municípios. 

Além do Banco Master, o BRB e outras duas instituições de crédito, Cartos e Tirreno, apontadas como empresas de fachada, são investigadas na operação "Compliance Zero". A polícia quer apurar por que o BRB transferiu quase R$ 16,7 bilhões ao Master, sendo R$ 12,2 bilhões com indícios de fraude. O BRB anunciou a compra do Master em março por R$ 2 bilhões, mas a operação não foi aprovada pelo Banco Central.  

A pedido da Justiça, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, foi afastado e afirmou que reitera o "compromisso de cooperar integralmente com as autoridades e de disponibilizar todas as informações necessárias para o completo esclarecimento dos fatos." Para substituí-lo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, indicou Nelson Antônio de Souza, ex-presidente da Caixa Econômica Federal. 

Sete pessoas foram presas na operação "Compliance Zero" e permaneceram detidas após audiência de custódia. Entre eles está Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, preso no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A PF investiga se Vorcaro tentava fugir do Brasil; sua defesa afirma que se tratava de uma viagem de negócios relacionada à venda do banco a um grupo dos Emirados Árabes. O avião do empresário, avaliado em R$ 200 milhões, foi apreendido, com plano de voo autorizado até Malta, na Europa. 


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