São Paulo registra 37 casos suspeitos de intoxicação por metanol

Já chega a 37 o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado de São Paulo. Nesta quarta-feira (1º/10), distribuidoras foram alvo de uma operação da polícia. A suspeita é que elas tenham fornecido as bebidas a um bar onde uma pessoa foi intoxicada.  

Policiais civis e fiscais da vigilância sanitária saíram às ruas para localizar lotes de bebidas com metanol. Duas distribuidoras ficam na região da Bela Vista, no centro da capital. De acordo com a delegada Isa Lea Abramavicus, elas teriam fornecido a bebida para um bar dos Jardins, bairro de alto padrão em São Paulo. "Através das notas que foram localizadas lá, nós identificamos alguns distribuidores e chegamos a este local. Então, hoje nós viemos aqui para investigar o local que forneceu bebida para o bar, que foi consumido pela moça que está hoje hospitalizada", disse.  

Rhadarani Domingos, de 44 anos, tomou três caipirinhas no último dia 20 antes de apresentar sinais de intoxicação por metanol. Ela está internada e perdeu a visão. Os outros dois estabelecimentos foram vistoriados em Barueri, na Grande São Paulo. Um grande lote de 128 mil garrafas de vodca foi lacrado e aguarda apresentação de documentação para ser liberado. "A gente sabe também que nem toda bebida alterada é vendida com nota fiscal, né? Então, é feito o trabalho seguindo o rastro da nota e outros elementos para que chegue ao fornecedor dessa bebida", explica o auditor fiscal Marcio Araújo. 

Seis estabelecimentos foram fechados até esta quarta-feira (1º/10). Uma das fábricas clandestinas encontradas ontem pela polícia, em Americana, no interior do estado, pode ter abastecido os estoques de bares e adegas em São Paulo. Um líquido incolor foi apreendido no local e foi submetido a testes laboratoriais. 

Agora há pouco, a irmã de Rhadarani Domingos, de 44 anos, informou que um laudo médico apontou que foi detectado metanol na amostra de sangue.