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SP: polícia investiga morte de pacientes atendidos por falsos médicos de hospital particular

Dois homens atuavam como médicos em hospital particular; cerca de 9 mil pessoas foram enganadas

JR na TV|Do R7

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A polícia de São Paulo investiga a morte de oito pacientes atendidos por dois falsos médicos que trabalhavam em um hospital particular da capital paulista. A estimativa é que cerca de 9 mil pessoas tenham sido enganadas em consultas com a dupla. Durante buscas na unidade, localizada na zona leste, policiais apreenderam milhares de prontuários. Os suspeitos passaram a ser investigados há seis meses, após queixas registradas por pacientes. 

Um dos falsos médicos é Mayke César Silva, que desde o ano passado atuava nos setores de pediatria e clínica geral. O outro foi identificado apenas como “Marcos”. A polícia apurou que eles usavam indevidamente nomes e documentos de dois médicos, considerados vítimas do esquema. Segundo o delegado José Mariano de Araújo Filho, “pelas mãos desses falsos médicos, passaram por volta de 9 mil pessoas, ou seja, 9 mil vítimas desses falsos médicos”, e destacou que algumas acabaram em óbito. 

Entre os pacientes atendidos nos últimos dois anos, oito morreram. Um dos laudos confirma traumas causados por uma manobra incorreta de ressuscitação em uma paciente com dengue, atendimento que teria sido feito por Mayke César Silva, formado em biomedicina. “Causou uma série de lesões internas, lesão de fígado, de pulmão, praticamente todos os órgãos dela estão lesionadas”, afirmou o delegado.  

A polícia também vai investigar o hospital pela contratação dos suspeitos. A direção não se manifestou. Eles devem responder por exercício ilegal da medicina, uso de documento falso, estelionato e homicídio com dolo eventual. 


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