Uso de radiofrequência revoluciona o tratamento de pacientes com câncer de pâncreas

Um tratamento pioneiro com radiofrequência, tem revolucionado o tratamento de pacientes com câncer de pâncreas. A técnica usada pelo Hospital Moriah, em São Paulo dispensa a necessidade de cirurgia tradicional e o paciente tem alta no dia seguinte.  

Luiz descobriu um nódulo no pâncreas durante exames de rotina. A doença foi identificada ainda no começo. Ele é um dos pacientes beneficiados da técnica de radiofrequência. O método tradicional é uma cirurgia que tinha que atravessar cinco órgãos antes de chegar na cabeça do pâncreas. E, principalmente, o pós-operatório era 20 dias, no mínimo, internado.  

O câncer de pâncreas geralmente é diagnosticado em estágios avançados, tem alto risco nas cirurgias e corresponde a cerca de 2% de todos os casos de câncer no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, são registrados cerca de 5.600 novos casos por ano no país.  

O tratamento pioneiro realizado no Hospital Moriah, em São Paulo é indicado para alguns tipos de tumor. Pela boca, uma pequena câmera chega ao estômago de onde uma agulha aquecida é guiada até o tumor no pâncreas. O calor destrói as células cancerígenas, sem a necessidade de uma cirurgia aberta.  

O tratamento não está disponível no SUS e ainda não faz parte dos procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde Suplementar, mas já é visto como um passo importante no combate ao combate ao câncer.