Logo R7.com
RecordPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Zanin sobre pressão de Bolsonaro para arquivar ações: ‘Coação inconstitucional’

Ministro reagiu a discurso do ex-chefe de Estado e classificou pressão por arquivamentos como crime contra a democracia

Julgamento de Bolsonaro e aliados|Do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, critica a pressão de Bolsonaro para arquivar inquéritos.
  • Zanin considera essa coação uma tentativa de minar o Estado democrático de direito.
  • A afirmação foi feita após a exibição de um vídeo em que Bolsonaro pede o arquivamento de investigações.
  • O ministro planeja abordar o tema em seu voto na sessão de julgamento marcada para sexta-feira (12).

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Zanin será o último dos ministro a votar Antonio Augusto/STF - 11/09/2025

Durante a sessão de julgamento de Bolsonaro e aliados, réus por envolvimento na trama golpista, nesta quinta-feira (11), o presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, disse que coagir uma instituição para que se arquive algum inquérito é “inadmissível” e faz parte dos crimes contra a democracia.

A fala foi dita após o ministro Alexandre de Moraes exibir uma gravação de um discurso de Bolsonaro em um ato, no qual ex-presidente exige arquivamento de inquéritos.


“Me parece que essa figura é uma coação inconstitucional que me parece própria dos crimes contra o Estado democrático de direito. Então, coagir uma instituição para que ser arquive um inquérito ou um processo é inadmissível e faz parte dos crimes contra o Estado democrático de direito”, declarou Zanin. O ministro ainda afirmou que discorrerá o assunto durante o seu voto.

Leia mais

A sessão desta quinta-feira começou com o voto da ministra Cármen Lúcia. Ela votou para aceitar as acusações da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra todos os réus por cinco crimes, formando maioria para condená-los pelos seguintes delitos:


  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito;
  • Tentativa de golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça; e
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Durante o seu voto, Cármen Lúcia permitiu que os membros da Primeira Turma do STF fizessem interrupções. Na ocasião, Alexandre de Moraes exibiu uma gravação de Bolsonaro cobrando o arquivamento das ações contra ele na Corte e a saída de Moraes do Tribunal. “O tempo dele já acabou. Sai, Alexandre de Moraes”, afirmou o ex-chefe do Executivo.

Em outro momento, Moraes apresentou diversas fotos e vídeos dos atos de 8 de janeiro, mostrando que os participantes exibiam cartazes e camisas em apoio a Bolsonaro. “Aqui não está ‘presidente Mauro Cid’”, ironizou, usando uma postura mais incisiva do que na leitura do próprio voto.


Reações

Durante a exibição do vídeo, foi possível notar reações de surpresa no plenário, apesar de isso contrariar as regras do Tribunal. Alguns presentes demonstraram espanto, mas logo se silenciaram para acompanhar o conteúdo exibido.

Um dos advogados de Mauro Cid, que acompanhava a sessão, chegou a levar a mão ao rosto para disfarçar a reação.


Ao fim da fala, o ministro Luiz Fux levantou-se e deixou o plenário por alguns minutos, retornando em seguida. Antes disso, Dino conversava com outro ministro em tom mais alto que o habitual durante a manifestação de um colega.

Perguntas e Respostas

 

O que disse Cristiano Zanin sobre a pressão de Bolsonaro para arquivar inquéritos?

 

Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, afirmou que coagir uma instituição para arquivar inquéritos é "inadmissível" e constitui um crime contra a democracia. Ele fez essa declaração durante a sessão de julgamento de Bolsonaro e aliados, após a exibição de um discurso do ex-presidente que exigia o arquivamento de inquéritos.

 

Qual foi a reação de Zanin ao discurso de Bolsonaro?

 

Zanin classificou a pressão de Bolsonaro como uma "coação inconstitucional", associando-a a crimes contra o Estado democrático de direito. Ele indicou que abordaria o tema em seu voto.

 

Como foi a votação da ministra Cármen Lúcia na sessão?

 

A ministra Cármen Lúcia votou a favor das acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra todos os réus, formando maioria para condená-los por cinco crimes. Durante seu voto, ela permitiu interrupções dos membros da Primeira Turma.

 

O que Alexandre de Moraes apresentou durante a sessão?

 

Alexandre de Moraes exibiu uma gravação de Bolsonaro pedindo o arquivamento das ações contra ele e a saída de Moraes do Tribunal, além de fotos e vídeos dos atos de 8 de janeiro, onde participantes demonstravam apoio a Bolsonaro.

 

Como reagiu o plenário durante a exibição do vídeo?

 

Durante a exibição do vídeo, houve reações de surpresa no plenário, embora isso fosse contra as regras do Tribunal. Alguns presentes demonstraram espanto, mas logo se silenciaram para acompanhar o conteúdo exibido.

 

O que aconteceu com o ministro Luiz Fux durante a sessão?

 

O ministro Luiz Fux levantou-se e deixou o plenário por alguns minutos, retornando em seguida. Antes disso, o ministro Dino conversava em tom mais alto que o habitual durante a manifestação de um colega.

 

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.