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Manaus tem três rebeliões em menos de 24 horas

Internos do CDPM se rebelaram na tarde desta segunda-feira (2)

|Do R7

Viaturas chegam ao Compaj
Viaturas chegam ao Compaj Viaturas chegam ao Compaj

Depois do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 60 detentos, e do motim no Ipat (Instituto Penal Antonio Trindade), que tem 87 presos foragidos, ambas realizadas no domingo (1º), internos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) iniciaram uma nova rebelião na tarde desta segunda-feira (2).

Integrantes da FDN (Família do Norte) se rebelaram e tentaram invadir os pavilhões 1 e 2, local onde estão alojados os membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). 

Em nota, o Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança Pública do Amazonas informa que "no CDPM os internos alojados em um dos pavilhões tentaram efetuar fuga, sendo impedidos pela Polícia Militar que reforçou a segurança na unidade."

Segundo a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) CDPM tem estrutura para abrigar 568 presos, mas tem atualmente 1.568, 176% acima da sua capacidade.

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Na tarde desta segunda-feira (2) houve ainda um "batidão de grade" protagonizado pelos detentos do Ipat. O comitê informa que o transtorno "foi contornado logo em seguida pela direção da unidade. A situação é considerada estável nas duas unidades."

O secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, disse, em entrevista coletiva, afirma que “o que aconteceu no Compaj é mais um capítulo da guerra que o narcotráfico impõe nesse país e demonstra que esse problema não tem como ser enfrentado apenas pelos estados.”

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O número de presos mortos em Manaus, 60, é o maior desde o Massacre do Carandiru.

Guerra de facções

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O banho de sangue deste início de ano é resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na Região Amazônica: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do Amazonas. Desde o segundo semestre de 2015, líderes da facção criminosa amazonense vêm sendo apontados como os principais suspeitos pela morte de integrantes do PCC, grupo que surgiu em São Paulo, mas já está presente em quase todas as unidades da federação.

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