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Acusados de matar fisiculturista em boate de BH podem ir a júri popular

Terminou nesta sexta-feira (30) a fase de instrução do processo que apura a morte de Allan Guimarães Pontelo; réus prestaram depoimento

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7, com Luiz Casoni, da Record TV Minas

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Allan morreu em boate em setembro de 2017
Allan morreu em boate em setembro de 2017

Os cinco réus acusados de matar o fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, em setembro de 2017 dentro de uma boate em Belo Horizonte, podem ir a júri popular. Terminou nesta terça-feira (30) a fase instrução do processo que investiga o caso.

Quatro pessoas foram ouvidas em audiência, um dos sócios da boate e três dos cinco réus: Delmir Araújo Dutra e Fabiano Araújo Leite, que chegaram ao Fórum usando tornozeleira eletrônica e Paulo Henrique de Oliveira, que foi preso no início do mês. Os outros dois réus, William da Cruz Leal e Carlos Felipe Soares ainda estão foragidos. 


De acordo com denúncia do Ministério Público, Allan Guimarães Pontelo, de 25 anos, foi vítima de homicídio. O estudante de Educação Física e fisiculturista foi agredido por seguranças em uma boate no bairro Olhos D'Água. Em depoimento, o sócio da casa noturna acusou a vítima de uso e tráfico de drogas dentro do estabelecimento.

O advogado da família de Allan, Geraldo Magela, classificou como "bárbaro" o homicídio. 


- Realmente ficou demonstrado e caracterizado um homicídio bárbaro contra o Allan. Foram cinco pessoas que o dominaram e o mataram de forma covarde e ainda quiseram criar uma situação que ele estaria usando e traficando drogas, o que não aconteceu. Está muito clara a situação do homicídio ocorrido.

O advogado de defesa do réu Paulo Henrique de Oliveira, Dracon Cavalcanti afirma que seu cliente não chegou perto do local do crime.


- Ele fazia um bico de tirar o dinheiro do caixa, a chamada sangria. Essa era a função dele. No dia do fato, ele nem chegou a ir perto do banheiro. Tanto Carlos quanto William disseram que ele queria extorquir alguma coisa do Allan.

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Delmir Araújo Dutra, coordenador de segurança da casa noturna, um dos réus ouvidos, afirmou em depoimento não ter participado da abordagem. Já Fabiano Araújo Leite, alegou não estar armado e não ter sacado arma para dispersar a confusão.


Para o promotor de Justiça, Cláudio Maia de Barros, há elementos suficientes para que o processo seja levado ao Tribunal do Júri, "que é o juiz constitucionalmente competente para conhecer de forma mais ampla e detalhada todos os elementos de prova."

Após a defesa e acusação entregarem as alegações finais, o processo estará pronto para a sentença, que vai definir se eles serão julgados por júri popular.

Relembre

O fisiculturista Allan Pontelo morreu em uma boate na madrugada de 2 de setembro de 2017. Na época, o fato levantou duas versões. A primeira, sustentada por testemunhas, é de que Allan teria sido agredido por seguranças da casa. A segunda, de funcionários da boate, que afirmaram que o jovem foi abordado por segunraças por suspeita de venda e consumo de drogas e que, na fuga, ele teria sofrido uma overdose. 

O laudo do IML (Instituto Médido Legal) não apontou resquícios de drogas no sangue do rapaz. O laudo de necropsia apontou "asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço" como causa da morte.

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