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Agressão a indígena em MG expõe roubo de cartões de benefício social

Quadrilha, que já foi alvo de operação da Polícia Federal, usa de ameaça e agressões para reter cartões de indígenas Maxakali

Minas Gerais|Lucas Pavanelli e Célio Ribeiro*, do R7

Em 2020, operação Desengate expôs quadrilha que roubava cartões de indígenas
Em 2020, operação Desengate expôs quadrilha que roubava cartões de indígenas Em 2020, operação Desengate expôs quadrilha que roubava cartões de indígenas

Um indígena foi agredido, na última terça-feira (21) por um homem suspeito de manter retidos os cartões de benefício social dele e de outros integrantes da etnia Maxakali, na cidade de Santa Helena de Minas, a 640 km de Belo Horizonte.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima tem 36 anos e foi agredido em uma praça no centro da cidade, antes de ser levado, por um motorista da Funai (Fundação Nacional do Índio) a um hospital. Ele confirmou aos policiais que os seus cartões de benefício social, como o Bolsa Família, estão retidos pelo autor da agressão.

Ainda segundo o registro, o suspeito, que não foi localizado pelos policiais, possui extenso histórico criminal, que inclui passagem por homicídio, dano material, agressão, extorsão, relação com tráfico e difamação. Ele também teria cometido outros crimes contra indígenas, como ameaça, lesão corporal e apropriação indébita.

Investigação

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O autor das agressões foi um dos alvos da operação Desengate, da Polícia Federal. Em junho do ano passado, os agentes cumpriram um mandado de prisão e oito de busca e apreensão na região Leste de Minas Gerais. 

De acordo com a Polícia Federal, uma quadrilha, que envolve um vereador, um funcionário terceirizado da Funai e quatro comerciantes, atua com a prática ilegal de retenção de cartões de benefícios sociais de indígenas da etnia Maxakalis por meio da violência. O objetivo é obter vantagens indevidas em prejuízo dos indígenas.

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De um lado, os comerciantes cobrariam valores exorbitantes pelos produtos fornecidos aos indígenas. Por outro, a quadrilha teria monopólio do uso dos valores creditados nos cartões. 

Nas investigações, a PF apurou que um dos indígenas foi torturado depois de ter cancelado um dos cartões. 

* estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli 

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