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Aluna mineira de escola pública representa o Brasil em Olimpíada de Astronomia na Polônia 

Evento acontece em agosto no país europeu; estudante é a única jovem do sexo feminino e única mineira a participar desta edição

Minas Gerais|Kaue Miranda*, Do R7

Mariana tem 17 anos, cursa o 3º ano e já acumula medalhas
Mariana tem 17 anos, cursa o 3º ano e já acumula medalhas

Uma aluna mineira de um colégio federal do sul de Minas Gerais vai representar o Brasil na 16ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que acontecerá entre os dias 10 e 20 de agosto, na cidade de Chorzów, na Polônia.

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Mariana Naves Tana tem 17 anos e é natural de Três Pontas, a 288 quilômetros de Belo Horizonte. A estudante cursa o 3º ano do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio no IFSULDEMINAS (Instituto Federal do Sul de Minas Gerais), localizado em Machado, a 378 quilômetros da capital mineira. Ela é a única jovem do sexo feminino e única mineira a representar o Brasil na competição do próximo mês.


Mariana já possui um histórico medalhista em competições acadêmicas envolvendo matemática, física e astronomia. Antes de completar a maioridade, ela já acumula oito medalhas de ouro, nove medalhas de prata e duas de bronze. Em 2019, conquistou o bronze na World TIME (Talent Invitational Mathematics Examination), uma das maiores olimpíadas de matemática do mundo.

Em 2022, ganhou o ouro na Olimpíada Latinoamericana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Ainda assim, a aluna explica a importância da competição que acontecerá na Polônia, pois apesar de já ter participado de outras olimpíadas envolvendo países latino americanos, esta é a primeira que envolve estudantes de outros continentes.


"Estou animada, mas também preocupada, porque essa sim é a mais importante. Tenho que me preparar melhor. Ano passado eu participei de uma que era latino americana, mas a deste ano envolve outros continentes", explica Mariana.

A estudante foi convidada para a seletiva da equipe que viajará para a Europa para representar o Brasil na IOAA após seu bom desempenho na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).


"A seletiva é bem grande. Eles convidam quem tira acima de 9 na prova brasileira de astronomia. Tem a fase online e duas fases presenciais, que foram no Rio de Janeiro. Depois, tem mais um treinamento, já com as equipes escolhidas. Na última fase, passaram dez alunos. Cinco vão para a competição internacional [na Polônia], e cinco vão para a latino americana", comenta.

Mariana conta também como se organiza para conciliar as tarefas do curso técnico e ensino médio, com os estudos para as olimpíadas que participa.

"Para estudar para as olimpíadas eu pego meu tempo livre, final de semana ou à noite, porque estudo em tempo integral. Eu costumo pegar provas anteriores e provas do processo seletivo. A comissão que faz a seletiva também envia alguns materiais", explica.

Katia Alves, de 49 anos, é professora de matemática da Mariana no IFSULDEMINAS. Ela diz que é muito gratificante ver os alunos se esforçando para participarem destes eventos. A professora também comenta sobre as ações de auxílio e de incentivo por parte da escola.

"Acredito que as olimpíadas são um incentivo para toda a comunidade acadêmica. Algumas instituições públicas reservam vagas para medalhistas. Há aqui no campus um 'Clube da Matemática' em que fazemos treinamento para olimpíadas da área e que continua aumentando, acredito que por conta das medalhas que a Mariana obteve. A instituição também está apoiando com o transporte rodoviário e aéreo", conta Kátia

A estudante também considera importante o incentivo por parte do instituto, pois segundo ela, os alunos acabam aumentando seus conhecimentos e têm mais interesse em estudar assuntos complexos envolvendo a ciência.

"Acho muito importante, até porque normalmente a gente precisa se aprofundar um pouquinho mais no assunto, então você vai conhecendo uma outra parte da ciência. É um bom incentivo", conclui Mariana

*Estagiário sob supervisão de Lucas Eugênio.

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