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Alunos e professores de instituições públicas fazem protestos em MG

Manifestações são contra o bloqueio de verbas da educação anunciado pelo Governo Federal; cidades de diferentes regiões do país aderiram aos atos

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Comunidade acadêmica se reuniu em frente ao campus Saúde da UFMG
Comunidade acadêmica se reuniu em frente ao campus Saúde da UFMG

Alunos, professores e funcionários técnico-administrativos de instituições públicas de ensino de Minas Gerais se juntaram à paralisação nacional convocada, para esta quarta-feira (15), contra o bloqueio orçamentário para educação anunciado pelo Governo Federal.

O ApuBH (Sindicato dos Professores de Universidades Federais de BH, Montes Claros e Ouro Preto) não conseguiu mensurar quantos servidores se juntaram à manifestação, mas classificou a adesão como "muito forte".

Segundo representantes do sindicato, professores e funcionários das três cidades que o grupo representa se sensibilizaram à causa. Alguns associados de Montes Claros e Ouro Preto seguem para Belo Horizonte, onde vão participar dos atos.

Belo Horizonte


Logo no início da manhã, um grupo de alunos do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) saíram em passeata do campus 1, na avenida Amazonas, no bairro Nova Suissa, na região Oeste de BH, e caminharam rumo ao Centro da cidade.

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A via, que é uma das principais da capital mineira, ficou com trânsito lento. No sentido Bairro / Centro, apenas uma faixa estava liberada por volta das 8h30. De acordo com a BHTrans (Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte), cerca de 100 estudantes participam do ato. 


Ao mesmo tempo, parte da comunidade acadêmica da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) se reuniu no campus Saúde, na região Centro-sul da capital mineira com faixas, panfletos e gritos de ordem.

Segundo o ApuBH, cerca de 1.000 pessoas estavam no local, por volta das 9h30. A previsão é que o grupo deixe o local e siga para a Praça da Estação, na região Central, onde está previsto um ato unificado.


Procurada, a UFMG não informou qual o percentual de aulas afetadas devido às manifestações.

Bloqueios

Na última quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou o corte de R$ 819 milhões do total de R$ 4,1 bilhões de verba não obrigatória da Capes (Coordenação de Pessoal de Nível Superior), uma das principais entidades de fomenta a pesquisa no país, e a suspensão da concessão de novas bolsas de mestrado e doutorado.

Uma semana antes, o Governo Federal também determinou o bloqueio de 30% bloqueio dos gastos com despesas de custeio das universidades federais.

As medidas provocaram reações em instituições de todo o país. O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu prazo de dez dias para o presidente Jair Bolsonaro se manifestar sobre as medidas.

Nesta terça-feira (14), a Câmara dos Deputados aprovou a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para também explicar à Casa os cortes no orçamento.

Atos em Minas

Há previsão de manifestações contra as medidas do Governo em várias cidades do país nesta quarta-feira. Em Belo Horizonte, segundo a Une (União Nacional dos Estudantes), deve acontecer um grande ato às 9h30, na Praça da Estação, na região Central da capital mineira.

Confira a lista de manifestações marcadas em Minas Gerais:

• Araçuaí, Concentração na IFNMG, 07h

• Belo Horizonte, Praça da Estação, 9:30h

• Lavras, Praça dos Bancos, 10h

• Diamantina, Largo Dom João, 15h

• Frutal, calçada JB2, Centro 15h

• Mariana, ICSA da UFOP, 15h

• Montes Claros, Praça do Automóvel Clube, 16h

• Juiz de Fora, Parque Halfeld, 16h

• Itajuba, Praça central, 18h

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