Após 60 dias de isolamento, BH tem trânsito 2 vezes mais movimentado

Belo Horizonte completa, nesta terça-feira (19), dois meses de isolamento social. Em 20 de março, um decreto assinado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) restringiu o funcionamento de uma série de estabelecimentos na capital mineira.

Sem parte do comércio funcionando e com uma recomendação clara para que as pessoas ficassem em casa, o movimento de carros nas ruas da capital mineira despencou. No entanto, nas últimas semanas, o trânsito tem aumentado.

De acordo com um monitoramento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em parceria com o aplicativo de mobilidade urbana Waze, a taxa dobrou desde o início do isolamento. 

Conforme o índice, na semana de 23 a 29 de março — a primeira com restrição de funcionamento do comércio na capital — a intensidade do trânsito caiu 86% ao que foi registrado na semana de 2 a 8 de março, antes, portanto, do isolamento social. Isso significa que, a cada 100 carros nesta semana, a partir do decreto da prefeitura, esse número caiu para 14. 

No entanto, à medida em que as semanas se passaram, a intensidade do trânsito foi aumentando. Na semana de 11 a 17 de maio, por exemplo, a taxa chegou a 71%, ou seja, a cada 100 carros circulando antes da pandemia, 29 estavam nas ruas na semana passada. 

Outras capitais

Na comparação com outras capitais brasileiras, Belo Horizonte aparece como a quinta com maior intensidade de trânsito. Com movimento 71% menor que o habitual, BH só está à frente de Porto Alegre, Curitiba, Goiânia e Salvador. 

Em todo o Brasil, a menor taxa de trânsito entre as capitais é encontrada em Belém, com 85% menos carros nas ruas, a capital paraense está pouco a frente de São Luís, Rio de Janeiro e São Paulo, que apresentam 83% a menos no número de veículos trafegando. 

Confira o ranking de intensidade do trânsito (BID/Waze)

Belém: -85%

São Luis: -83%

Rio de Janeiro: -83%

São Paulo: -83%

Teresina: -82%

Brasília: -81%

João Pessoa: -80%

Manaus: -78%

Natal: -78%

Recife: -77%

Vitória: -75%

Maceió: -73%

Belo Horizonte: -71%

Salvador: -69%

Goiânia: -68%

Curitiba: -67%

Porto Alegre: -65%