Em audiência realizada na Assembleia de Minas Gerais, representantes de atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, a 120 km de Belo Horizonte, defenderam a criação de uma CPI para investigar o processo de reparação conduzido pela Fundação Renova.
Já o Governo de Minas disse cogitar até mesmo uma "ampla revisão" do acordo que criou a entidade, financiada pelas mineradoras responsáveis pela tragédia. O rompimento da barragem em Mariana completou cinco anos nesta quinta-feira (5).
Quem reivindicou a criação de uma CPI para investigar a Fundação Renova é a representante do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Tchenna Maso. Segundo ela, é preciso investigar os amplos gastos da entidade e "resultados pífios" apresentados.
De acordo com Tchenna, R$ 1 bilhão foram gastos no processo de reconstrução do distrito de Bento Rodrigues mas, até o momento, apenas cinco casas foram entregues.
Até mesmo o secretário adjunto de Planejamento e Gestão, Luiz Otávio Assis, que representou o Governo de Minas na audiência, reconheceu que os resultados apresentados não foram bons.
Segundo ele, o governo pensa em uma "revisão profunda" no acordo, para que ele traga resultados mais eficientes.
A reportagem entrou em contato com a Fundação Renova e aguarda posicionamento da entidade.