“De ônibus eu não ando mais”, diz vítima de sequestro em Contagem (MG)
Wellington Lemos resguardou a família e não contou sobre o cárcere; ele ficou cerca de três horas refém
Balanço Geral MG|Do R7
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O homem vítima do sequestro de ônibus em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, resguardou a família e não contou sobre o cárcere. “Me ligaram, mas não contei. Eu falei com ela que estava no Centro ainda, que não tinha chegado ao bairro”, contou o comerciante Wellington Lemos.
Lemos ficou cerca de três horas refém do sequestrador e contou que teve poucas interações com ele durante esse período. “Ele me segurava e apontava a faca, pra mim e pra ele”, explica.
O comerciante conta também que viu o momento que atingiu dois carros no caminho. “Eu não sei dirigir ônibus, nunca dirigi ônibus. A adrenalina foi tanta que eu dirigi e não sei como eu dirigi. Não sei como trouxe o ônibus Ele mandou parar quando chegou ao lugar onde a ex-namorada dele trabalha”, explicou.
Segundo a delegada Fabíola Oliveira, responsável pelo caso, o suspeito pode responder pelo crime em liberdade, já que foi classificado como sequestro e cárcere simples. A pena para o crime é de um a três anos de prisão. Ainda de acordo com a delegada, a fiança não foi determinada na terça-feira porque o suspeito não estava presente.
A irmã do sequestrador relatou um histórico de problemas de saúde mental do autor do ataque. "Ele já estava muito depressivo", comentou a mulher. Segundo ela, o quadro de depressão se agravou após a ex-esposa o proibir de ver o filho recém-nascido.
De acordo com a PM (Polícia Militar), a mulher teria restringido o acesso à criança devido ao envolvimento do ex-marido com drogas.
O homem abordou o ônibus no bairro Pedra Azul e mandou o motorista e passageiros descerem. Em seguida, ele fez um homem refém e ordenou que outro passageiro dirigisse até o bairro Nacional, onde a ex-esposa trabalha. A motivação para o crime teria sido porque ele pediu para a ex para ver o filho, mas como ela estaria trabalhando hoje, ela não deixou e ele ficou revoltado. O homem seria usuário de drogas.
Lemos conta que ainda está assustado com a situação. “Eu não consegui dormir, só pensando em cenas e em flashes de memória. De ônibus eu não ando mais. O trauma está grande”, contou o comerciante.
Veja a entrevista completa na reportagem acima.
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