Os pacientes que buscam atendimento médico na Unidade de Pronto-Atendimento Norte (UPA Norte), que fica no bairro Aarão Reis, na região Norte de Belo Horizonte, precisam de muita paciência. A unidade está lotada, neste domingo (18). Pacientes relatam que esperam até 9 horas para serem atendidos. O motivo, de acordo com a prefeitura, é o crescimento do número de casos de arboviroses, como, por exemplo, dengue, chikungunya e zika. Nesse sábado (17), a Prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência diante do cenário epidemiológico e assistencial. O decreto foi publicado, no Diário Oficial do Município (DOM), e vale para todas as áreas da capital por um período de seis meses, podendo ser prorrogado, se necessário. No primeiro dia, após a publicação do decreto, a lotação na Upa Norte revolta quem busca pelo atendimento médico. Patrícia Pereira, afirma que está com a irmã, Beatriz Pereira Campos, aguardando por uma consulta há quase 9 horas. Ela diz que a irmã está com dengue pela segunda vez e que a suspeita, agora, é de dengue hemorrágica. “Minha irmã está com dores pelo corpo, febre e mesmo com risco de dengue hemorrágica, ao passar pela triagem, nos deram a pulseira verde”, revolta. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que está ciente do aumento na procura por assistência médica e, exatamente, por essa razão, o município tem ampliado os locais para o atendimento das pessoas que apresentam sintomas de dengue, chikungunya e zika. Neste final de semana, sete centros de saúde estão abertos para garantir a assistência. As unidades Francisco Gomes Barbosa/ Tirol (Barreiro), Vera Cruz (Leste), Aarão Reis (Norte), São Paulo (Nordeste), Betânia (Oeste) e Santa Terezinha (Pampulha), funcionam até às 19h. O centro de Saúde Rio Branco, em Venda Nova, vai atender os pacientes até às 22h. Além disso, a população também pode procurar os Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs), nas regionais Centro Sul, Barreiro e Vanda Nova. As três unidades funcionando todos os dias, das 7h às 22h. Esses locais são porta aberta e ofertam cuidado de forma espontânea às pessoas que apresentam febre, dor no corpo e de cabeça, especialmente atrás dos olhos, além de manchas vermelhas na pele. Essas unidades também contam com apoio de oficiais do Exército Brasileiro para agilizar a assistência aos usuários. Também estão funcionando, durante 24h, duas Unidades de Reposição Volêmica (URVs), que recebem exclusivamente os usuários encaminhados de centros de saúde, CAAs e UPAs, e que precisam de hidratação venosa e assistência contínua. Há também uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fhemig e atende os usuários durante 24h. A reportagem pediu um posicionamento sobre a demora no atendimento na Upa Norte e aguarda retorno.
