Sem dinheiro para a saúde e com queda de arrecadação de R$ 167 milhões (10% do orçamento), a cidade de Betim,divulgou nesta terça-feira (8) que decretou situação de emergência financeira. Além do caixa vazio, o município enfrenta epidemia de dengue, e publicou na edição mais recente do Diário Oficial o decreto de emergência pela infestação do mosquito Aedes aegypti.
A população terá cada vez menos opção de atendimento - Betim vai fechar seis unidades de saúde nos próximos dias.
No documento, o prefeito Carlaile Jesus Pedrosa (PSDB) considera "existência de situação anormal provocada pela infestação do mosquito", o que autoriza a prefeitura a fazer compras com menor burocracia e disponibilizar servidores para mutirões contra a doença.
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Em 2015 foram confirmadas três mortes provocadas por dengue em Betim. Com a crise financeira em situação insustentável, a Prefeitura de Betim enviou à Câmara proposta para municipalizar o Hospital Regional, referência no atendimento a pacientes de 80 municípios responsável por 26 mil procedimentos de emergência e 15 mil cirurgias por mês. O hospital é mantido com 70% de recursos próprios – 29% restantes vêm do faturamento por produção da unidade e apenas 1% é repassado pelo Governo Estadual. Se a municipalização for aprovada, O Hospital Regional deve perder leitos e a capacidade de atendimento de pacientes que moram em cidades vizinhas.
— O decreto é uma forma de comunicar oficialmente à população de Betim, e aos municípios vizinhos que utilizam de nossos serviços, que a prefeitura enfrenta um momento delicado, uma vez que, somente em 2015, a diminuição das receitas correntes foi da ordem de R$ 167 milhões, o que representou uma queda real de cerca de 10% entre o orçado e o realizado — afirma o secretário municipal de Finanças, Planejamento e Gestão, Gustavo Palhares.