BH confirma falta de anestésicos e diz que tem estoque para um mês
Medicamento é fundamental para entubar pacientes com covid-19 em estado grave; situação ocorre também em outras regiões de Minas
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
O secretário de saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, confirmou a falta de medicamentos anestésicos na rede pública da capital. Esses remédios são essenciais para o tratamento em casos graves de covid-19 e é usado para entubar pacientes que precisam ser internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
A fala de Machado confirma uma situação que havia sido relatada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) nesta semana. Segundo Machado, a situação é "preocupante".
— É preocupante. Tem uma iniciativa do Ministério da Saúde, instada por iniciativa do Ministério Público Federal e dos MPs estaduais de fazer a requisição administrativa de anestésicos, o que dá uma certa tranquilidade.
Segundo Jackson Machado, a prefeitura recebeu uma doação de 10 mil ampolas da Feluma (Fundação Lucas Machado) e tem estoque para mais um mês.
— Essas drogas são indispensáveis para entubar uma pessoa. Temos uma reseva próxima para um mês.
Zema confirmou que o problema existe em diversas regiões do Estado.
— Temos um problema novo, a falta de anestésicos. Desde o início da pandemia estamos correndo atrás da falta de leitos de UTI, de respiradores para que não falte assistência médica a ninguém. No entanto, nos últimos dias, semanas, esses medicamentos, fundamentais para os pacientes, começaram a ficar em falta em várias regiões do país.