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BHTrans tem novo presidente e deve sofrer mudanças

Câmara Municipal deve mirar na abertura de uma CPI e investigar as empresas de ônibus, de acordo com vereador

Minas Gerais|Lucas Pavanelli e Pablo Nascimento, o R7

A BHTrans, empresa que gerencia o trânsito e a mobilidade urbana de Belo Horizonte, terá um novo presidente em meio a especulações sobre o futuro da companhia. O ex-subsecretário de Transportes e Mobilidade do Governo de Minas Gerais, Diogo Prosdocimi, teve o nome aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária dos Acionistas da empresa e assume o cargo. 

No entanto, é possível que a atribuição da BHTrans, que gere os contratos com as empresas de ônibus que operam o transporte público municipal, seja englobada por uma supersecretaria encabeçada pelo atual vice-prefeito Fuad Noman (PSD). A BHTrans não comenta o assunto. 

No dia 21 de dezembro, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), se reuniu com vereadores e teria manifestado a vontade de mudar o comando da empresa, o que ocorreu com a confirmação do nome de Prodoscimi. 

Um dos participantes do encontro foi o vereador Gabriel Azevedo (Podemos). 


— Ficou claro para mim que a BHTrans como existe hoje não existirá mais a partir de 2021. Esse modelo atual vai fechar, deixar de existir. O prefeito não é burro. Sabe que o transporte na cidade precisa melhorar. O que ele tenta, ao meu ver, é fazer isso evitando o colapso do serviço que já foi ainda mais golpeado pela pandemia. 

Ainda de acordo com Azevedo, a Câmara Municipal deve ser aliada do prefeito neste tema e um dos primeiros passos do Legislativo poderá ser tirar da gaveta um pedido de abertura de uma CPI para investigar o que o próprio Kalil chamou de "caixa-preta da BHTrans" durante a campanha eleitoral de 2016. Também compareceram à reunião do dia 21 de dezembro, a presidente reeleita da Câmara Nely Aquino e o líder de governo, Léo Burguês (PSL). 


Para Azevedo, a CPI deve investigar as empresas de ônibus. Ele cita o fato de a prefeitura ter feito 17 mil autuações durante a pandemia, mas nenhuma multa ter sido paga. 

— O prefeito recebeu um contrato feito em 2008. Ele não pode rompê-lo unilateralmente, mas a Câmara Municipal pode ser aliada da prefeitura pra pressionar as empresas a encerrarem um esquema que não se sustenta mais de pé.

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