Bombeiros trabalham para resgatar vítimas de queda de helicóptero da corporação em MG
Entre as vítimas estão o capitão que operava a aeronave, um tenente, dois sargentos e dois tripulantes do Samu
Minas Gerais|Lucas Eugênio, da Record Minas
O Corpo de Bombeiros ainda trabalha na remoção dos corpos das seis vítimas da queda de um helicóptero da corporação em Ouro Preto, a 96 km de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (11). Segundo o porta-voz da instituição, o tenente Henrique Barcelos, o trabalho é difícil porque o local é íngreme e de difícil acesso.
Entre as vítimas estão o comandante da aeronave, o capitão Wilker, o tenente Victor, o sargento Welerson, o sargento Gabriel e dois tripulantes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o médico Rodrigo e o enfermeiro Bruno. Todos trabalhavam em Belo Horizonte.
“A gente não tem nenhuma indicação de causa neste momento. Nós temos o histórico de ter perdido o contato com a nossa aeronave, o Arcanjo 04, desde o final da tarde de ontem, momento em que empenhamos todos os recursos no local de coordenadas, onde recebemos a transmissão via gps de um dispositivo de emergência que é acionado na aeronave. Nesse momento a gente deslocou pra lá diversas equipes especializadas e, a partir de então, iniciamos uma força tarefa de busca e salvamento”, detalhou Barcelos.
De acordo com os bombeiros, as buscas pelo helicóptero foram intensas, em um terreno muito íngreme, acidentado e com chuva.
O Corpo de Bombeiros esclarece que as aeronaves da segurança pública têm autorização para operar em condições mais severas que aquelas da aviação civil. “Os nossos pilotos são plenamente capacitados, inclusive o comandante dessa aeronave que tem experiência na operação Brumadinho, com diversas ações de operações aéreas. Certamente ele tomou uma decisão pautada na experiência e na segurança que ele tinha de momento”, detalhou o tenente.
As buscas começaram depois que a corporação recebeu um indicativo do ELT, um dispositivo de segurança, da Força Aérea Brasileira. “Ele pode ser acionado de maneira automática, quando a aeronave já percebe uma pane, ou uma possível queda, e também de maneira manual. Mas, de qualquer forma, isso já traz uma informação de emergência”, explica o Corpo de Bombeiros.
“A gente sabe que a corporação amanhece consternada. Nós estamos pela nossa missão acostumados a tratar de um desastre envolvendo diversas pessoas, mas quando estamos falando dos nossos irmãos de farda, isso nos atinge de uma maneira muito singular. É um momento da gente mostrar nossa resiliência e fazer nosso melhor como de costume, inclusive para os nossos irmãos de farda”, lamenta.
A aeronave tinha se deslocado a Ouro Preto para atender um outro acidente, com um avião monomotor. A perícia é feita tanto pela Polícia Civil quanto pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).