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Brumadinho: 18 meses depois, indígenas ainda esperam reparação

Vinte e duas famílias Pataxó Hã-Hã-Hãe deixaram a aldeia em São Joaquim de Bicas e, agora, vivem somente de auxílio emergencial da Vale

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Aldeia foi atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho
Aldeia foi atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho

Forçados a deixar sua aldeia em São Joaquim de Bicas, depois que o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho contaminou o leito do rio Paraopeba, indígenas do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe ainda aguardam reparação pelos danos que sofreram.

Um ano e meio depois da maior tragédia social e trabalhista do país, 22 famílias ainda aguardam a escolha de uma entidade que vai realizar um estudo de impacto das populações indígenas afetadas pelo desastre. Esse diagnóstico vai embasar as ações de reparação a esses povos. 

Como mostrou o R7, indígenas do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, que viviam na aldeia Naô Xohã, em São Joaquim de Bicas, foram forçados a se mudar para Belo Horizonte, Ibirité e para a Bahia por problemas de saúde e descaso da Vale. Sem poder tirar o sustento do rio, as 22 famílias vivem, hoje, apenas do auxílio de R$ 1.000 pagos pela mineradora e que será suspenso em outubro. 

Na capital mineira, os indígenas enfrentam, agora, a contaminação por covid-19


Estudo

O edital para escolha de uma instituição para fazer o diagnóstico dos impactos às populações indígenas só foi publicado em maio deste ano, 14 meses após a tragédia de Brumadinho.


De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), três entidades preencheram os requisitos necessários para a contratação: Anaí (Associação Nacional de Ação Indigenista), o Instituto DH: Promoção, Pesquisa e Intervenção em Direitos Humanos e Cidadania e o IEDS (Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável).

Agora, as entidades devem apresentar suas propostas para a comunidade na Aldeia Naô Xohan. Segundo o MPF a Vale deve contratar uma delas em até 30 dias. 


Auxílio

De acordo com a Vale, a mineradora tem adotado uma série de auxílios, como um Plano de Contingência para Covid-19, vacinação contra gripe e H1N1 para os membros da Aldeia, além de doação de kits de higiene e limpeza. 

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