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Brumadinho pode ter surto de dengue e febre amarela, diz Fiocruz

Fiocruz fez um levantamento que avaliou os impactos imediados da tragédia da Vale; Doenças crônicas também podem ser agravadas após o desastre

Minas Gerais|Ana Gomes, do R7

Rejeitos da barragem atingiram o rio Paraopeba
Rejeitos da barragem atingiram o rio Paraopeba

Um estudo divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) alerta sobre a possibilidade de surtos de dengue e outras doenças infecciosas, como febre amarela e esquistossomose, em Brumadinho, após o rompimento da barragem da Vale.

O levantamento, que avaliou os impactos imediados da tragédia, chama a atenção ainda para a dificuldade de acesso a serviços de saúde, o que pode agravar doenças crônicas já existentes na população afetada, assim como pode provocar novas enfermidades, como doenças mentais – depressão e ansiedade -, crises hipertensivas, doenças respiratórias e acidentes domésticos.

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Segundo Christovam Barcellos, pesquisador da instituição que integrou a equipe que realizou o estudo, a contaminação do leito do rio Paraopeba e de seu entorno vai apresentar alterações significativas na fauna, flora e qualidade da água, como perda de biodiversidade, mortes de peixes e répteis. “A bacia do rio Paraopeba é uma área de transmissão de febre amarela e um novo surto da doença não pode ser descartado. É urgente a vacinação da população”, ressalta o pesquisador.

Além disso, grande parte de Brumadinho e dos municípios ao longo do rio Paraopeba não é coberta por sistemas de coleta e tratamento de esgotos, o que facilitaria a transmissão de esquistossomose.

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