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Casal que destruiu guichê de aérea vai pagar R$ 5 mil por danos

Alexandre e Kênia ficaram presos por 6 horas dentro de um avião com bebê de apenas 5 meses e relatam descaso da empresa

Minas Gerais|Helen Oliveira, da RecordTV MInas

O casal que foi filmado quebrando o guichê de uma companhia aérea no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no início desta semana, assinou um acordo e terá que pagar R$ 5 mil pelos danos causados à empresa. (Veja o vídeo no fim da reportagem.)

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o consultor Alexandre Wagner de Almeida Lopes usando um suporte reservado para a organização de filas para quebrar as placas de acrílico de proteção do guichê e um computador da companhia aérea. 

A RecordTV Minas foi até a residência do casal, que vive em Belo Horizonte, para ouvir o que aconteceu na ocasião que levou à atitude do consultor. O surto aconteceu depois que os passageiros de um voo da Gol foram obrigados a ficar seis horas dentro de um avião parado na pista. O casal estava com um bebê de apenas 5 meses, sem alimentação nem acesso a higiene adequados. 

Casal reconhece erro, mas diz que situação de abandono levou passageiros ao extremo
Casal reconhece erro, mas diz que situação de abandono levou passageiros ao extremo Casal reconhece erro, mas diz que situação de abandono levou passageiros ao extremo

Presos no avião

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O voo saiu de Guarulhos, às 5 horas da tarde da última segunda-feira (1º), com destino ao Aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. Por causa do mau tempo, não havia condições de pouso na capital mineira e o piloto teve que retornar para São Paulo. Segundo os passageiros, eles não foram autorizados a sair da aeronave e ficaram presos seis horas esperando uma solução.

De acordo com Alexandre, ele pediu ajuda aos funcionários da companhia aérea para ter acesso à bagagem, inclusive à cadeirinha para transportar o bebê, e dormir em um hotel. Como não foi atendido, ele chamou as polícias Militar e Federal.

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— Ambas me disseram que quem teria que resolver o problema era a companhia aérea. Eu solicitei ao comandante que mandasse um ônibus para buscar a gente e levasse até o saguão. Esse ônibus demorou uns 30 minutos, mais ou menos. 

A esposa de Alexandre, Kênia Lopes, tentou argumentar com o piloto que eles tinham necessidade de deixar o avião ou mesmo de um local para trocar a fralda do bebê. 

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— A única coisa que eu estava pleiteando no momento era o bem-estar do meu filho. Era só isso que eu queria. E a companhia aérea me levou ao extremo. 

Com a demora na assistência, outras crianças passaram mal. Um idoso com diabetes, que ficou sem se alimentar durante todo o tempo, teria tido uma crise de hipoglicemia. 

Outro passageiro que estava no avião, o analista André Lage, disse que a situação era inacreditável e que qualquer pessoa naquela situação poderia ter perdido a cabeça. 

— Foi uma falta de respeito. A todo momento eles diziam que, em 20 minutos, a gente ia voar, mas ficamos seis horas dentro do avião. Qualquer um de nós que estivesse no lugar daquele casal poderia ter feito aquilo. Eu tenho vídeo deles argumentando com o piloto, educadamente, pedindo para descer e mostrando a situação deles. Se eu tivesse um filho, naquele momento ali poderia ter tido a mesma atitude.

André pegou um voo em outra companhia aérea na sequência e disse que, mesmo tendo que esperar duas horas, também por causa do mau tempo em Belo Horizonte, a empresa manteve os passageiros informados e dando assistência.

Já o casal Alexandre e Kênia só conseguiu ir para um hotel às 4 da manhã e voltou para o aeroporto por volta das 5 horas da tarde. Foram, então, informados de que a companhia aérea não poderia levá-los no mesmo voo. 

Prejuízo

O casal assume o erro. Alexandre disse que assinou um termo circunstanciado de ocorrência e vai pagar os prejuízos, que somam cerca de R$ 5 mil, mas alega que tudo o que os dois fizeram foi para manter a saúde do bebê, o último embrião de um tratamento que levou 16 anos de espera.

— Ele já estava chorando, com xixi, com fome, com cocô, ele já estava no limite dele. E o que eles queriam que eu fizesse? Que ficasse esperando a boa vontade da companhia aérea para colocar a gente em algum lugar? Ele não podia ter passado por isso.

O outro lado

A Gol informou que, após a decolagem na noite de segunda-feira (1º), o voo precisou retornar ao aeroporto de Guarulhos por causa das condições meteorológicas adversas em Confins e que ofereceu o suporte necessário a todos os clientes, com alimentação e acomodação em hotéis na região metropolitana de São Paulo, para seguirem viagem no dia seguinte, com segurança.

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