Caso Kat Torres: MPF abre canal para vítimas denunciarem influenciadora
Kat está presa preventivamente em Belo Horizonte desde o último sábado (19) por suspeita de tráfico humano e trabalho escravo
Minas Gerais|João Pedro Gruppi, da Record TV Minas
O Ministério Público Federal em São Paulo abriu um canal de denúncias para vítimas da influenciadora Katiuscia Torres Soares, de 34 anos, conhecida como Kat Torres ou Kate A Luz. A notícia foi divulgada nesta terça-feira (22) pelo órgão.
De acordo com o MPF-SP, qualquer pessoa que tenha sofrido danos pelas condutas da ex-modelo pode dar seus relatos de forma sigilosa por meio de videoconferência. Não é necessária a assistência de advogados e nem necessidade de comparecer a uma unidade da instituição.
Para formalizar a denúncia, o interessado precisa acessar o site "MPF Serviços"e, na área "Protocolar", clicar em "Representação inicial (denúncia)". Na página seguinte, o usuário deverá preencher o formulário com a descrição dos fatos.
Prisão
No último sábado (19), a influenciadora foi presa preventivamente em Belo Horizonte, na penitenciária Estevão Pinto, a pedido do MPF, com cooperação da Polícia Federal e da Interpol. Ela é suspeita de manter mulheres em situação de trabalho análogo a escravo nos Estados Unidos e por tráfico de pessoas.
A informação da prisão de Kat foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais nesta terça-feira (22). O caso que envolve ela ficou famoso depois que Yasmin Brunet foi citada em uma live.
Kat Torres foi apontada pela família de duas mulheres brasileiras como a responsável por um suposto esquema de tráfico humano. Os pais de Letícia Maia, de 21 anos, natural de Perdões, cidade do sul de Minas, afirmam que a influenciadora estaria coagindo a jovem. A família procurou a Polícia Civil de Minas Gerais e denunciou o desaparecimento de Letícia, que mora nos Estados Unidos desde 2019.