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'Tirou cinco netos meus, meu sangue', diz mãe de mulher presa acusada de matar 5 filhos em MG

Mulher teria cometido os crimes ao longo de 15 anos; delegada afirma que investigada sedava e asfixiava as vítimas e ainda tentou o mesmo contra o marido

Cidade Alerta|Do R7

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Gisele Oliveira, uma mineira de 40 anos, foi presa em Portugal nesta quarta-feira (06) suspeita de ter assassinado cinco dos seus sete filhos ao longo de 15 anos, entre 2008 e 2023. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, ela teria agido sempre de forma semelhante: sedando as crianças com medicamentos e, em seguida, provocando asfixia.

Em entrevista exclusiva à RECORD MINAS, a mãe da suspeita, e avó das vítimas, comentou sobre a repercussão do caso. A mulher lamenta a morte dos netos e afirma que não mantinha grande contato com as vítimas. Segundo a avó, alguns ela nem chegou a conhecer e outros encontrava apenas por acaso. “Tirou cinco netos meus. Meu sangue. Fico sentida com isso”, desabafa a mulher. A avó acredita ainda que a mulher tenha recebido algum tipo de ajuda para cometer os crimes.

O caso veio à tona no ano passado, quando uma das crianças, a quinta vítima, foi levada ao hospital por uma tia, após passar mal. A criança não resistiu e familiares levantaram suspeitas sobre as mortes anteriores de outros filhos da mesma mãe.

As investigações revelaram um histórico de mortes concentradas em curtos intervalos: duas crianças morreram em 2010, com diferença de apenas 32 dias. Outras duas em 2019, com intervalo de dois meses e meio. O último caso, em 2023. Também foi identificada uma tentativa de homicídio, em 2008, contra outro filho, que sobreviveu.

De acordo com a delegada responsável, laudos periciais confirmaram a presença de fenobarbital, um medicamento depressor do sistema nervoso central, no corpo de pelo menos uma das vítimas.

A suspeita deixou o Brasil após o início das investigações, fugindo para Portugal com o marido e um dos filhos sobreviventes. Ela era procurada pela Interpol e foi detida pelas autoridades portuguesas. Agora, o processo segue trâmites entre o Judiciário e o Ministério da Justiça brasileiro para que seja extraditada e responda aos crimes no país.

O marido, pai de três dos sete filhos, também teria sido vítima da suspeita em 2022, segundo a polícia. Na ocasião, ele deu entrada no hospital com sinais de intoxicação e consciência rebaixada, quadro semelhante ao observado nas crianças. Ele sobreviveu e, até o momento, é tratado como vítima, embora a investigação ainda avalie seu possível conhecimento ou participação em aspectos relacionados à fuga do casal para a Europa.

A suspeita poderá ser indiciada por múltiplos homicídios qualificados e tentativa de homicídio, crimes que, somados, podem resultar em pena superior a 100 anos de prisão.

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