Clínica da médica detida funcionava no Edifício Caxias, na avenida Amazonas, no centro da capital mineira
Google Street ViewUma clínica de aborto que funcionava na movimentada avenida Amazonas, no centro de Belo Horizonte, foi descoberta neste sábado (15). A médica que seria responsável pelo procedimento ilegal e uma paciente foram detidas e encaminhadas à (Ceflan) Central de Flagrantes, no bairro Floresta, região leste da capital mineira.
De acordo com a Polícia Militar, a Clínica Santa Bárbara, no Edifício Caxias, foi alvo de denúncia anônima e militares do 1º Batalhão chegaram ao local no momento em que a paciente, grávida de apenas 11 semanas, iria fazer o aborto com a ajuda de Cláudia Maria dos Santos Coimbra, de 61 anos.
Os policiais se depararam com as duas mulheres dentro de uma sala da clínica e, ao questionar a gestante sobre o que estava fazendo ali, ela confessou o crime. A grávida, de 27 anos, relatou aos policiais que Cláudia foi indicada por uma amiga e que conseguiu informações sobre ela em um blog na internet. A mulher contou que a amiga afirmou ter feito o aborto por meio da ingestão de medicamentos e que pagou R$ 900 para a médica.
Ainda conforme a gestante, com a intenção de também tirar o filho que espera, ela foi até a Clínica Santa Bárbara na última quinta-feira (13), quando foi informada pela médica que o aborto poderia ser feito por meio da ingestão de medicamentos ou por sucção. Embasadaa pelo fato da amiga ter passado mal e tido hemorragia, a mulher escolheu o método de sucção, que custaria R$ 7 mil. Em seguida, ela marcou consulta para está sábado e deixou combinado que pagaria R$ 4.500 à vista e o restante depositaria na conta de Cláudia. No entanto, a polícia chegou à clínica antes que a grávida e médica concluíssem o procedimento. A paciente estava acompanhada de uma vizinha.
Ao ser questionada sobre o crime, Cláudia negou realizar abortos e afirmou que se defenderia no momento certo, além de relatar que é ginecologista há 25 anos. Entretanto, a grávida detida ainda revelou aos militares que, na primeira vez que foi ao consultório da médica, se deparou com outras seis mulheress na fila de espera e que ouviu uma delas dizer para a secretária que já era a segunda vez que procurava a ginecologista para interromper uma gestação indesejada.
O caso será investigado pela Polícia Civil.