O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília registrou, nesta segunda-feira (27), um novo tremor de terra em Sete Lagoas, cidade a 70 quilômetros de Belo Horizonte. Ao todo, foram notificados 14 tremores desde o dia 30 de abril, dado que representa um tremor a cada quatro dias.
De acordo com a Universidade, às 5 horas da madrugada uma movimentação de terra de 3 pontos na escala Richter, foi confirmado com o epicentro a cidade de Sete Lagoas.
Moradores relataram nas redes sociais o tremor. Segundo a prefeitura de Sete Lagoas e o Corpo de Bombeiros, não houve registro de problemas devido ao abalo sísmico.
Em menos de 30 dias, entre os meses abril e maio, Sete Lagoas registrou pelo menos 5 tremores de terra segundo o Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) e o Observatório Sismológico da UNB (Universidade de Brasília).
"O tremor de 3 de magnitude é considerado moderado, mas natural. A anormalidade está no excesso de ocorrências registradas em Sete Lagoas. Chamamos de enxame sísmico isso, um aglomerado de tremores de baixa magnitude em uma única localidade. Tem que ser estudado", diz o professor da universidade de Brasília, George Sand.
Na semana passada (22), a Defesa Civil Municipal de Sete Lagoas lançou uma cartilha para alertar a população em caso de abalos sísmicos. "Na cartilha tentamos expor de forma clara e educativa, além da identificação de riscos, como identificar e corrigir trincas e rachaduras nas residências. Nela também fizemos uma comparação com situações semelhantes em outros municípios", diz o chefe da Defesa Civil Municipal, Comandante Andrade.
A prefeitura da cidade também estuda instalar um sismógrafo remoto em parcerias com as universidades. "Assim, poderemos ter dados mais precisos e com base científica sobre os recentes tremores", afirma o secretário municipal de Meio Ambiente de Sete Lagoas, Edmundo Diniz.