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Com pegada ecológica, manta feita com fibra de coco promete reduzir poeira em estradas não asfaltadas

Produto criado em Israel é testado em MG em empresas de mineração com o objetivo de reduzir consumo de água

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Mantas surgem como solução a caminhão-pipa e prometem reduzir 85% do consumo de água
Mantas surgem como solução a caminhão-pipa e prometem reduzir 85% do consumo de água Mantas surgem como solução a caminhão-pipa e prometem reduzir 85% do consumo de água

Uma manta feita com fibra de coco promete reduzir as partículas de poeira nas estradas não pavimentadas. O produto criado em Israel pode ser usado em qualquer via de terra, mas começou a ser testado no Brasil, em agosto deste ano, em pistas internas de mineradoras localizadas em Minas Gerais.

Em linhas gerais, a manta batizada de Ecoplatform é uma espécie de tapete com alta resistência à tração e grande capacidade de retenção de umidade. Ela é instalada nas estradas de terra e molhada uma vez a cada quatro dias, em média.

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Gabriel Eigner, diretor de novos negócios da Nano-Z, desenvolvedora do produto, explica que a umidade armazenada na rede serve para captar os detritos de poeira que são movimentados com a passagem de veículos. É como se água retida na plataforma limpasse os pneus dos carros e caminhões que trafegam pelo local.

"Toda empresa de mineração tem estradas internas. Nelas, hoje, se evita a poeira com caminhões-pipa, jogando água. A Ecoplatform visa eliminar poeira e reduzir 85% do consumo de água. Em vez de jogar água 15 vezes ao dia na estrada, essa tecnologia exige jogar uma vez a cada quatro dias", comenta Eigner sobre uma das aplicabilidades do produto.

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O Brasil foi escolhido pela empresa para o lançamento do produto devido à forte presença do mercado minerário. Segundo dados do Abram (Associação Brasileira de Mineração), o setor faturou R$ 250 bilhões no ano passado, mantendo 205 mil empregos diretos e 2,25 milhões em toda a cadeia.

Na avaliação de Ofer Levy, Ceo da Nano-Z, a plataforma ajuda as companhias a combater um problema ambiental tradicional e a desenvolver as práticas de ESG, sigla inglesa para padrões de governança ambiental, social e corporativa.

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"Essa tecnologia também é projetada para o município do interior que tem estradas não pavimentadas. No Brasil há muitas vias não pavimentadas, além da indústria de mineração", ressalta sobre a variedade de uso.

O produto está em fase de testes no Brasil. Ainda não há expectativa de data para início de uma exportação contínua ou para produção local. Eigner, no entanto, conta que os pesquisadores avaliam a possibilidade de realizar a fabricação no Brasil e estimular iniciativas de reciclagem localmente.

"O que nos interessa é a resistência da fibra e a capacidade de absorção de água. Estes testes estão em andamento, Sem dúvida nenhuma, se o coco brasileiro funcionar, vai passar a ser usado", conclui.

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