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Corpo da atriz Teuda Bara é velado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte

Fundadora do Grupo Galpão e uma das figuras mais importantes da história do teatro brasileiro, morreu nesta quinta-feira (25)

Minas Gerais|Do R7, com Juliana Dias, da Record Minas

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Nascida em BH, Teuda Bara vinha de uma família profundamente ligada à arte Foto: Instagram/Grupo Galpão

O corpo da atriz Teuda Bara, fundadora do Grupo Galpão e uma das figuras mais importantes da história do teatro brasileiro, será velado nesta sexta-feira (26), em Belo Horizonte. O velório acontecerá no Palácio das Artes a partir de 10h.

Teuda estava internada desde o dia 14 de dezembro, no Hospital Madre Tereza, no bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul da capital, após passar mal, sofrer uma queda e fraturar a perna. O quadro de saúde se agravou nos dias seguintes e evoluiu para septicemia (infecção generalizada) e falência múltipla dos órgãos.


Teuda Bara faria 85 anos no próximo dia 1º de janeiro. A confirmação da morte foi divulgada pelo próprio Grupo Galpão em nota oficial, acompanhada de imagens históricas que marcaram décadas de criação artística. Ela deixa dois filhos, André e Admar Fernandes.

Na despedida, o Grupo Galpão destacou que a partida de Teuda representa uma perda imensurável não só para o coletivo, mas para o teatro brasileiro e para todos que tiveram o privilégio de conviver com ela. Ao mesmo tempo, o grupo ressaltou a gratidão pela alegria, pela força e pela luz que Teuda espalhou ao longo de tantos anos de vida e criação. “Dividir o caminho com ela foi um presente - um exercício diário de amor, generosidade e coragem artística”, diz o texto.


Nascida em Belo Horizonte, em 1º de janeiro de 1941, Teuda Bara vinha de uma família profundamente ligada à arte. Filha do major do Corpo de Bombeiros Augusto Mário França Fernandes, músico que criou os filhos tocando trombone de vara, e de Helena Magalhães Fernandes, enfermeira, cantora e parodista, ela cresceu em um ambiente onde a sensibilidade artística fazia parte do cotidiano.

Como atriz e fundadora, Teuda participou da maioria dos espetáculos do Galpão, sendo presença marcante tanto nas ruas quanto nos grandes palcos. Sua atuação intensa, generosa e profundamente humana ajudou a construir a identidade do grupo ao longo de mais de quatro décadas.


Nos últimos anos, seguiu ativa e criativa. Em 2019, estreou o solo “LUTA”, de caráter biográfico. Durante a pandemia, realizou o espetáculo virtual “Queria Teatro”, a convite do Sesc São Paulo. Também integrou o elenco do longa “O Lodo”, de Helvécio Ratton.

Em 2023, foi uma das vencedoras do Prêmio Paulo Gustavo de Valorização do Humor e da Comédia. No 33º Prêmio Shell de Teatro, foi homenageada ao lado de Léa Garcia. Em 2024, estrelou o curta “Ressaca”, baseado no livro “Teuda Bara: Comunista demais pra ser chacrete”. Em 2025, recebeu o Grande Colar de Mérito Legislativo, honraria concedida a personalidades que marcaram a história de Belo Horizonte. Na televisão, participou da novela “Meu Pedacinho de Chão”, de Luiz Fernando Carvalho, e da série “A Vila”, com Paulo Gustavo.

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