A Defensoria Pública de Minas Gerais enviou à Justiça um pedido de interdição da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O órgão alertou para um possível “colapso total na segurança” da unidade, que é a maior do Estado, devido a uma possível redução no quadro de agentes penais. Segundo a Defensoria, 230 dos 530 trabalhadores podem ter os contratos suspensos nos próximos dias.
O pedido vai ser analisado pela Vara de Execuções Penais de Contagem. O juiz Wagner Cavaliere, responsável pela vara, disse à reportagem que solicitou a criação de uma comissão de juízes para avaliarem a estrutura do presídio para que ele possa tomar a decisão. Segundo o magistrado, o Ministério Público deu parecer favorável pela interdição.
— Eu também já requisitei informações da Secretaria de Segurança e Justiça e estou aguardando as informações serem prestadas.
Procurada pela reportagem, a Sejusp (Secretaria de Estado de Segurança e Justiça de Minas Gerais) disse que não pode comentar sobre o número de agentes "por questões de segurança".
A pasta ressaltou, contudo, que foi aprovada a realização de um concurso público para contratar até 2.420 agentes e que o edital está sendo eleborado.
"Alguns contratos têm vencido, de forma pontual, e para aqueles em que é possível a renovação, ela é feita", acrescentou a nota ao indicar que vai prestar as informações solicitadas pelo juiz Wagner Cavaliere.