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Defesa de Érika Passarelli entra com recurso para anular júri

Acusada de planejar a morte do próprio pai em 2010, ela foi condenada a 17 anos de prisão

Minas Gerais|Márcia Costanti, do R7

Acusada se emocionou ao ouvir a sentença
Acusada se emocionou ao ouvir a sentença

A defesa de Érika Passarelli, ex-estudante de Direito acusada de planejar a morte do próprio pai, entrou com pedido de anulação do júri que a condenou a 17 anos de prisão pelo crime. A sentença foi lida pelo juiz Antônio Francisco Gonçalves, no Fórum de Itabirito, região central do Estado, na madrugada da última terça-feira (11). A sessão durou quase 24 horas.

Para Zanone de Oliveira, advogado da acusada, houve divergências no discurso do promotor, que teria sustentado um argumento em plenário - o de crime mediante dissimulação -, mas propôs outro para a votação dos jurados: o de que a vítima não teve chance de defesa. Segundo Oliveira, esta diferença acarreta em anulação do julgamento e agendamento de um novo júri.

Outra apelação proposta pela defesa é a de redução na pena da ex-estudante de Direito. O advogado acredita que a detenção possa cair para cerca de 14 anos de reclusão.

A sessão


Durante o júri, iniciado na manhã dessa segunda-feira (10), em Itabirito, na Grande BH, foram ouvidos o corretor de seguros Marcelo de Souza Almeida e o amigo da família da ré Carlos Manuel Rosa. Os dois falaram muito sobre o relacionamento de Érika com o pai, Mário José Teixeira Filho, de 50 anos.

Já depois de intervalo para o almoço, o julgamento foi retomado com a oitiva do médico Fernando Drumond Teixeira, atual companheiro da mãe da acusada. Em sua fala aos advogados de defesa, ele falou sobre o perfil da vítima e sobre as suas relações familiares. Afirmou também que a acusada era a filha preferida da vítima e que, após a sua morte, a ré apresentou um quadro depressivo. A testemunha ainda afirmou aos jurados que a família tem boas condições financeiras e que a ré não precisava do dinheiro que seria pago pelo seguro de vida, contratado por Filho.


A estratégia da defesa foi apresentar a vítima como uma pessoa envolvida em vários crimes, presa diversas vezes e respondendo a inúmeros processos.

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O caso

O corpo de Mario José Teixeira Filho, de 50 anos, foi encontrado em uma estrada na região de Itabirito em agosto de 2010. Érika nega envolvimento no crime e já declarou que se dava bem com o pai. No entanto, testemunhas relatam que os dois tinham constantes discussões por causa de dinheiro. Além da morte, Érika foi acusada de aplicar vários golpes contra lojas em Belo Horizonte. Ela ficou foragida e foi recapturada em março de 2012.

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