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Defesa diz que laudo não indica que promotor de BH matou a esposa

Após suspeito prestar depoimento na sede do MP, advogados afirmaram que Lorenza de Pinho não foi assassinada

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Shirley Barroso, da Record TV Minas

Promotor prestou depoimento nesta terça (27)
Promotor prestou depoimento nesta terça (27) Promotor prestou depoimento nesta terça (27)

Os advogados do promotor André Luis Garcia de Pinho, preso suspeito de matar a esposa em Belo Horizonte, afirmam que os laudos periciais não apontam que o investigado matou a companheira, no último dia 2 de abril.

A declaração foi feita após Pinho prestar depoimento no Ministério Público de Minas Gerais, nesta terça-feira (27).

O caso corre em segredo de Justiça, mas a defesa afirma que teve acesso aos laudos periciais e o resultado dos documentos não teriam indicado assassinato. O advogado Robson Lucas, um dos representam o promotor, afirma que o relatório da perícia indica que Lorenza morreu de asfixia, mas não cita por esganadura, o que, segundo ele, contribui para a versão de que ela morreu engasgada enquanto dormia.

— O laudo fala de asfixia associada a uma intoxicação com uma possível causa contundente. Essa contundência não foi explicada ou apurada. Não há sinais externos ou marcas que revelem alguma atuação do doutor André [Pinho] para matar a esposa. 

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Ainda segundo o advogado, foram encontrados hamatomas internos no corpo de Lorenza, que teriam sido provocados pelo atendimento da equipe médica da ambulância que tenhou socorrê-la antes de confirmar a morte, no último dia 2 de abril.

— Internamente o quadro é completamente compatível com as manobras ministradas pelo doutor Itair Gonçalves.

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Perito

Os advogados do promotor contrataram um legista para ajudar na interpretação do laudo. Segundo a defesa, o especialista observou uma "conclusão atípica" para o laudo pericial.

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— Atípico porque é um fato que não está descrito como crime. Há uma conclusão a respeito da suposta intoxicação exógena, que é uma causa externa e indicativo de uma ingestão de elevada dose de bebida alcoólica associada ao uso de medicamentos, que pode ter contribuído para o resultado achado.

O advogado Robson Lucas ainda comentou sobre um laudo inicial da perícia que teria indicado supostas agressões.

— A partir do momento em que há um documento firmado por legista que supostamente teria causa violenta, repercutiu na criação de um raciocínio de culpabilidade de autoria. Depois, quando se conclui o laudo, essa possível causa violenta sequer é mencionada.

Lucas ainda avaliou que aguarda a conclusão do caso para pedir às "medidas cabíveis" quanto a soltura do promotor André Luís Pinho que, na visão dele, deveria ser solicitada pelo próprio Ministério Público Estadual, responsável pela investigação. A expectativa da chefia do MP é que o caso seja concluído até esta quinta-feira (29).

Depoimento

André Luis Garcia de Pinho prestou depoimento no MP nesta tarde. O conteúdo da conversa não foi divulgado, mas segundo o advogado Robson Lucas, o cliente "prestou todos os esclarecimentos, enfrentando todas as situações consideradas necessárias de serem aclaradas".

Ao longo das últimas semanas, os promotores também já ouviram parentes e amigos do casal, além do médico que atendeu Lorenza no dia que ela morreu no apartamento da família, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte.

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