O delegado da Polícia Civil Rafael de Souza Horácio, de 42 anos, que atirou e matou o motorista de reboque Anderson Cândido Melo, de 44 anos, durante uma briga de trânsito, se apresentou, na manhã deste sábado (30) à Corregedoria da Polícia Civil, no bairro Santo Agostinho, na região centro-sul de Belo Horizonte.
Rafael Horácio chegou ao local acompanhado do advogado Daniel Magalhães de Bastos. A apresentação espontânea foi para o cumprimento de mandado de prisão temporária, expedido pela juíza Bárbara Heliodora Quaresma Bonfim, do 1º Tribunal do Júri, da comarca de BH.
O delegado foi preso e teve a carteira funcional da Polícia Civil recolhida. Ele deve ser encaminhado à Casa de Custódia da Polícia Civil, que fica na rua Pitangui, no bairro Horto, na região Leste de BH.
A notícia da prisão do delegado Rafael Horário foi publicada nas redes sociais do chefe da Polícia Cívil, Joaquim Francisco Neto e Silva. “Nesta manhã (30/7), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandado de prisão contra o delegado de polícia autor do crime homicídio, ocorrido na última terça-feira, no centro de Belo Horizonte. O pedido de prisão cautelar foi feito, ontem, pela Corregedoria-Geral da PCMG e deferido pela Justiça. Outras informações serão repassadas à imprensa, na tarde de hoje, pela assessoria de comunicação da PCMG.", escreveu
Crime
Por volta das 14h30 da última terça-feira (26), o delegado Rafael Horácio e o motorista de caminhão Anderson Melo seguiam pelo viaduto Oeste, no Complexo da Lagoinha, no Centro de BH, quando tiveram um desentendimento. O policial civil estava em uma viatura descaracterizada, acompanhado de um inspetor, quando começou a discutir com Melo. Durante a briga, Rafael foi até ao carro, pegou a arma e atirou na vítima.
A versão apresentada pelo delegado foi que ele primeiro advertiu o motorista do reboque sobre a direção perigosa e de tê-lo fechado duas vezes. Rafael então parou a viatura em frente ao caminhão e começou a brigar com Melo. Logo depois, o delegado atirou contra a vítima, que foi atingida no pescoço.
Anderson Melo chegou a ser socorrido para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), mas não resistiu ao ferimento. O homem foi enterrado na última quinta-feira (28). O caso trouxe grande comoção e repercussão. A família da vítima criticou a truculência do delegado e especialista em Segurança Pública consideraram a reação de Rafael de uma pessoa despreparada para o cargo.