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Deltacron: jornalista de BH é infectada por nova variante

Camila Fiorini recebeu diagnóstico durante férias na Europa; nova cepa da Covid-19 tem 25 infectados em todo o mundo

Minas Gerais|Akemí Duarte, da Record TV Minas; Giovana Maldini*, do R7

Deltacron infectou 25 pessoas no mundo
Deltacron infectou 25 pessoas no mundo

A jornalista Camila Fiorini, de 26 anos, moradora de Belo Horizonte, foi diagnosticada com a Deltacron, nova variante do coronavírus que tem características das cepas Delta e Ômicron. A Deltacron foi descoberta por um pesquisador do Chipre, na região leste do Mediterrâneo, e recebeu esse nome devido às semelhanças genéticas entre os dois tipos de vírus causadores da Covid-19.

Camila Fiorini é uma das 25 pessoas no mundo que estão infectadas por essa nova variante. Após férias de mais de 15 dias na Europa, ela testou positivo para a Covid-19 quando fez o exame para voltar ao Brasil.

“Diferente do resultado que normalmente a gente recebe no Brasil, o PCR daqui já vem com o nível da sua carga viral, que é o nível que você está de contaminação, e a cepa. E era isso que estava escrito, que era uma mistura da Ômicron com a cepa do Reino Unido, que é a Delta”, conta a jornalista.

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A passagem de volta precisou ser reagendada. Durante a quarentena, Camila, que já havia tomado duas doses da vacina, sentiu febre, tosse e dor de garganta. No entanto, a mistura das duas cepas fez com que a mineira tivesse mais sintomas.


“Uma das maiores características de que eu não estou só com a Ômicron é que ela normalmente não causa perda de olfato e paladar, foi o que o médico falou comigo. E eu tive [ausência de olfato e paladar] por conta da mistura com a Delta”, explica a mineira.

A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) informou que até esta terça-feira (11) não havia sido notificada da presença da Deltacron no estado. A atualização dos dados de vigilância genômica é realizada toda quinta-feira.


Como a variante ainda é nova, não existem estudos sobre o potencial dela, segundo o infectologista Estevão Urbano. De acordo com o especialista, não se sabe se ela pode ganhar espaço e se tornar prevalente.

No momento, a cepa com maior número de casos em Belo Horizonte é a Ômicron. Conforme dados divulgados pelo especialista, 100% dos testes feitos na capital nos últimos dias eram da dessa variante.


"Ela tem altíssima capacidade de multiplicação e transmissão. Então, ela vai tomando espaço e ‘empurrando’ as outras. Hoje ela é disparadamente, no mundo inteiro, a cepa dominante", afirma. 

Covid-19 em MG

De acordo com boletim divulgado nesta terça-feira (11), Minas Gerais registrou, nas últimas 24 horas, 10.924 novos casos de Covid-19 e um óbito causado pela doença. Até o momento, 2.277.380 pessoas já foram infectadas e 56.744 morreram por causa do novo coronavírus no estado.

Conforme dados do Painel de Monitoramento do Governo de Minas, atualizado no dia 6 de janeiro, havia 167 amostras confirmadas da variante Ômicron no estado, sendo a cepa prevalente pelo menos nas últimas três semanas.

Já os casos de flurona, que é a dupla infecção de Covid-19 e influenza, totalizam 14 registros confirmados no estado.

Vacinação

Menos de 20% receberam a dose de reforço em MG
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Até o momento, 91,94% da população de Minas Gerais recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 86,16% o complemento do imunizante ou a dose única. Já a cobertura da dose de reforço está em 19,84% no estado.

Segundo o infectologista Estevão Urbano, a única forma de prevenção da Covid-19 e de suas variantes é a vacinação. 

“Essa proteção dará uma vantagem muito grande no não contágio, ou, no caso de contágio, no adoecimento leve, evitando as formas severas e o óbito. Então não tem outra forma de combater uma pandemia a não ser com a vacinação em massa”, ressalta o especialista.

* Estagiária doR7, sob supervisão de Ana Gomes

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