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Deputada do PSL que denunciou ameaça de morte depõe na PF

Alê Silva é ouvida em BH por inquérito que apura suposto esquema de candidaturas-laranja do PSL em Minas durante campanha de 2018

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes e Laura Baraldi, da Record TV Minas

Deputada acusou ministro de ameaça de morte
Deputada acusou ministro de ameaça de morte

A deputada federal Alê Silva (PSL-MG), que acusou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, de ter feito ameaças contra sua vida, prestou depoimento, na manhã segunda-feira (13), na Polícia Federal em Belo Horizonte.

Na condição de testemunha, a parlamentar foi ouvida no inquérito que apura um suposto esquema de candidaturas-laranja do PSL em Minas na eleição de 2018. O inquérito que investiga a ameaça corre em Brasília.

Em 30 de abril, o jornalismo da Record TV mostrou que a Polícia Federal investiga repasses de verbas do fundo partidário do PSL em Minas para empresas de aliados do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A reportagem mostrou os depoimentos da PF de quatro candidatas supostamente laranjas que receberam verbas significativas do fundo partidário do PSL.

Por outro lado, elas conquistaram uma votação insignificante. Parte desse dinheiro da campanha, as candidatas teriam gastado em empresas dos aliados do ministro do Turismo.


Juntas, elas receberam R$ 267 mil do fundo partidário do PSL em Minas. Apesar do investimento, as quatro conquistaram apenas 2.084 votos, de acordo com informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Parte desse dinheiro, foi gasto na eleição para comprar material de campanha de empresas de aliados do ministro Marcelo Álvaro Antônio.

Operação


No fim de abril, a Polícia Federal desencadeou a operação "Sugrágio Ostentação" e realizou buscas de documentos e equipamentos eletrônicos em sete endereços. Entre eles, em gráficas e na sede do PSL em Belo Horizonte.

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A investigação apura um suposto envolvimento em um esquema de candidaturas laranja. A discrepância dos altos valores recebidos do fundo partidário com a pouca votação obtida pelas candidatas do sexo feminino chamou a atenção dos investigadores.


À época da operação, o ministro reiterou que "o partido seguiu rigorosamente o que determina a legislação eleitoral" e informou que segue à disposição da Polícia Federal para prestar todas as informações necessárias.

Pela lei, todos partidos são obrigados a reservarem 30% das vagas para as mulheres. A suspeita é que, na prática, essas candidaturas foram lançadas para desviar dinheiro do fundo partidário para as candidaturas masculinas ou em proveito próprio.

Em nota enviada à reportagem, o ministro Marcelo Álvaro Antônio "reitera que não houve qualquer candidatura laranja no PSL de Minas Gerais e que o partido seguiu rigorosamente o que determina a lei".

A nota segue, dizendo que o "ministro segue à disposição da Polícia Federal para prestar todas as informações necessárias e confiante no trabalho do órgão, bem como do Ministério Público e da Justiça, onde as investigações estão em curso, confiante de que a verdade prevalecerá."

A reportagem tenta contato com representantes do PSL.

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