A Seap (Secretaria de Estado de Administração Prisional de Minas Gerais) investiga um vídeo feito por detentos dentro do Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) da Gameleira, na região oeste de Belo Horizonte. As imagens viralizaram na internet neste sábado (6).
No vídeo, eles se divertem, cantam, reclamam da superlotação das celas e se identificam como sendo do Morro do Papagaio, comunidade da região Centro-sul da capital mineira. Um deles canta um rap falando de uma boca de fumo.
Veja o vídeo:
Em nota, a Seap informou que, após o vídeo, uma operação de revista foi feita dentro do presídio e que os detentos serão transferidos para outra unidade.
Confira a nota na íntegra:
"Na tarde do último sábado, 06.04, circulou nas redes sociais um vídeo supostamente gravado por presos de um dos Centros de Remanejamento do Sistema Prisional (ceresp).
O conteúdo foi analisado pelo Setor de Inteligência do Sistema Prisional e, depois de identificada a unidade prisional em questão, uma operação de revista minuciosa foi iniciada ainda na noite de ontem no Ceresp Gameleira, com apoio do Comando de Operações Especiais (Cope).
Todos os presos das galerias do pavilhão foram retirados das celas e colocados no pátio de banho de sol.
Os detentos que aparecem nas imagens foram identificados e assumiram a autoria do conteúdo. Afirmaram, contudo, que o vídeo foi gravado há 20 dias e que eles não tinham mais a posse do aparelho de telefone. Segundo os internos, o aparelho utilizado para a gravação já havia sido encontrado durante outro procedimento de revista.
Os agentes penitenciários que participaram da operação, finalizada por volta da 0h deste domingo, 07.04, não encontraram nenhum aparelho de telefone celular nas galerias.
Os presos foram transferidos de unidade prisional e a falta grave já consta no prontuário dos mesmos. Todas as medidas de procedimento padrão foram adotadas.
O Poder Judiciário será informado do procedimento e da falta grave cometida.
A direção geral do Ceresp da Gameleira irá instaurar um Procedimento Interno para apurar a entrada do aparelho na unidade prisional.
A Seap ressalta que, por força de lei, aparelhos telefônicos apreendidos no âmbito de unidade prisional não podem ser violados sem autorização judicial. Os aparelhos encontrados devem ser encaminhados para a delegacia de Polícia Civil para que as medidas cabíveis sejam tomadas."
* Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli