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Dia do Gari: trabalhadores da limpeza dão lições de vida para a população 

Profissionais ajudam na preservação do meio ambiente e na manutenção da saúde pública

Minas Gerais|Gisele Ramos, da Record TV Minas

Dona Maria é a gari mais velha de Betim, na Grande BH
Dona Maria é a gari mais velha de Betim, na Grande BH

Nesta terça-feira (16), é celebrado o dia do gari, profissional indispensável para a população e para a cidade. Os profissionais ajudam na preservação do meio ambiente e na manutenção da saúde pública. 

Em Belo Horizonte, Raimundo Coelho da Silva trabalha há 44 anos na limpeza urbana da capital mineira. Ele é o mais antigo entre os 3.000 garis de BH. Aos 21 anos, Raimundo saiu de uma multinacional para trabalhar no serviço de limpeza urbana.

De segunda a sábado, numa carga horária de 8 horas por dia, ele deixa a cidade mais limpa. Ele conta que nunca se arrependeu de ter investido na profissão e conta que ser gari é uma grande brincadeira.

"Você tem que agradecer a Deus porque ele te da saúde pra poder trabalhar. A gente vai conquistando o que tem vontade na vida. Garis não são pessoas estressadas. As pessoas brincam com você, você sorri pra eles, é tipo uma brincadeira. Gari é uma brincadeira", disse Raimundo.


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Aos 65 anos, seu Raimundo conta que varrer as ruas é uma terapia pra ele. Na data em que se comemora o dia do gari, ele deseja mais educação pra quem anda sujando a cidade. 

“Se eu chupar uma bala e não tiver uma lata de lixo, ela vai comigo até eu encontrar um lugar para jogar fora. Eu aprendi que a cidade não se suja, a cidade se limpa", disse o profissional. 


Em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, Maria Rodrigues De Oliveira Barbosa, de 71 anos, é a gari mais velha da cidade. Viúva, é ela quem sustenta a casa e o filho. Já foi cuidadora de idosos, cozinheira e doméstica, mas encontrou na limpeza das ruas o amor pelo trabalho.

"É muito gostoso. Você passa e conversa com todo mundo. Tem aquela simpatia, sabe. Eu amo essa profissão”, contou a idosa.

Mesmo saindo de casa animada pra trabalhar, nem sempre os dias são bons. Ela conta que muita gente não valoriza o esforço de dona maria pra deixar as ruas limpas.

"Eu já tomei na cara com isso. ‘Você é lixeira’. Não, eu não sou lixeira. Você que ta sujando e eu estou colhendo”, contou a profissional. 

Mas nada disso desanima Dona Maria. A aposentadoria está próxima e ainda este ano, ela terá esse direito, mas parar de varrer cada cantinho da cidade não está nos planos da idos.

“Fazer o que? Limpar a casa? A casa eu limpo todo dia quando eu chego. E quero fazer o mesmo na rua”.

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