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Dono morre e 20 casais denunciam calote de buffet de festas em BH

Casais que estavam com festa marcada e contratos pagos tiveram que entrar na Justiça para encontrar uma solução para o problema

Minas Gerais|Rodrigo Dias, da RecordTV Minas

Um tradicional buffet de Belo Horizonte é suspeito de dar calote em casais que já tinham contratado a empresa para preparar a recepção de suas festas de casamento. Os noivos denunciam que, apesar de já terem pago parte dos compromissos, foram surpreendidos com a notícia de que, com a morte do fundador, a empresa não teria mais como cumprir com os combinados. 

A situação aconteceu com a empresária Bárbara Martins Ribeiro que, depois de oito anos de namoro e muitos preparativos para o casamento, contratou a empresa. Mais da metade do contrato foi pago, mas ela descobriu que não conseguiria mais realizar a festa no local. 

— Assim que o dono faleceu, eu tentei contato pelo Whatsapp, mas sem retorno. Eu respeitei, achei que eles deveriam estar em um momento de luto. Mandei um e-mail e o filho dele retornou. Foi super gentil, cordial em um primeiro contato e disse que me posicionava na semana seguinte. Esse contato não houve e eu não conseguia mais falar com eles. Eles ficaram incomunicáveis e até me bloquearam 

As partes até chegaram a conversar sobre uma possível rescisão do contrato, mas o acordo não foi fechado. 

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— Algumas pessoas entraram com processo judicial, outros ingressaram com ação coletiva e outros só souberam da gravidade da situação quando tiveram contato com a gente. 

Até agora, mais de 20 casais já reclamaram na justiça ou nas redes sociais dizendo que sofreram prejuízo da mesma empresa. São pessoas que planejaram uma festa dos sonhos, mas que até o momento só tiveram dor de cabeça.

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Esse também é o caso de Matheus e Arisia, que pagaranm R$ 35 mil adiantados. Por causa da pandemia, o casamento foi adiado mais de uma vez até que o bufffet pediu novo adiamento para o ano que vem, como conta o veterinário Matheus Amorim.

— Tentamos negociar algumas situações, como reduzir a quantidade de convidados ou usar só o espaço e trazer um buffet de fora, mas nada foi aceito. 

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O casal também teve dificuldades para negociar com os donos do negócio e resolveram entrar na Justiça.

— No fim das contas recebemos um e-mail com um distrato, como se fosse comum acordo, mas não foi. Não assinamos e tivemos que acionar a Justiça

Outro lado

O advogado da empresa Chácara Chiari, Ítalo Samuel Cardoso de Jesus, disse que desde março de 2020 a empresa está fechada em função das medidas restritivas da crise sanitária da covid-19. Que, em 31 de julho de 2021, o gestor do negócio morreu vítima de um tumor cerebral fulminante. Os filhos e a esposa estavam afastados da gestão da empresa há alguns anos, sendo que eles ainda estão em fase de ambientação em relação a todo ocorrido.

No entanto, foram feitos contatos com todos os clientes que possuíam reservas de eventos. Os prazos para reembolso serão respeitados de acordo com a lei. Ainda de acordo com o advogado, um escritório de advocacia especializado foi contratado e que a empresa reafirma o compromisso e que todos os valores recebidos serão integralmente devolvidos.

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